Em uma carta aberta divulgada em seu Twitter, a Amazon se colocou à disposição para ajudar o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a atingir a meta de 100 milhões de americanos vacinados contra COVID-19 durante os primeiros 100 dias de seu mandato.
O chefe de negócios internacionais da empresa, Dave Clark, afirmou que ela e sua subsidiária, a rede multinacional de supermercados Whole Foods, fecharam um acordo com um provedor terceirizado especializado em saúde ocupacional para administrar as vacinas nas instalações da companhia. A carta também lembra que grande parte dos mais de 800 mil funcionários da Amazon não podem trabalhar de casa e pede que eles sejam vacinados o mais rápido possível.
“Estamos preparados para agir rapidamente assim que as vacinas estiverem disponíveis”, escreveu Clark na carta. “Além disso, estamos preparados para alavancar nossas operações, tecnologia da informação e capacidades de comunicação e experiência para auxiliar nos esforços de vacinação de sua administração.”
Letter to @POTUS: “Amazon stands ready to assist you in reaching your goal of vaccinating 100 million Americans in the first 100 days of your administration.” pic.twitter.com/bH6y6IZZEW
— Amazon News (@amazonnews) January 20, 2021
A medida da Amazon também pode ser uma resposta à repercussão ruim de episódios recentes. Em outubro de 2020, a empresa foi alvo de investigações após protestos de seus funcionários por causa de negligências durante a pandemia, especialmente com relatos de cortes de benefícios emergenciais. No mesmo mês, a companhia divulgou um relatório, por pressão de 13 procuradores-gerais, que mostrava que mais de 20.000 funcionários seus nos EUA contraíram o vírus durante o seu trabalho. Segundo ela, isso representa uma taxa de 1,44%, que é “relativamente baixa” quando comparada ao número total de trabalhadores da empresa no país.
Outra empresa que prometeu ajudar na imunização é a Uber. Ela já havia se pedido que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos colocasse os motoristas na classificação de profissionais essenciais para que eles pudessem ser vacinados e participar no plano logístico de distribuição antecipada das doses. Outras empresas de produção de alimentos, bens de consumo e transporte rodoviário também estão pedindo às autoridades que priorizem estes grupos.
Biden, que tomou posse nessa quarta-feira (20), prometeu que irá aprovar um pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão para a redução do impacto econômico e social da pandemia. Ele também planeja ativar a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) e a Guarda Nacional para ajudar na ampliação dos pontos de vacinação, como o uso dos centros comunitários, ginásios esportivos e estabelecimentos que possam acelerar o processo de aplicação das doses dos imunizantes.