_Tecnologia

Anatel traça plano para evitar apagão da internet no Brasil

Após polêmica na usina em Fortaleza, Anatel avalia regulamentação de cabos submarinos para afastar risco de apagão da internet

cabos submarinos

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) está trabalhando em parceria com a SPU (Secretaria do Patrimônio da União), do Ministério da Gestão, na regulamentação de potenciais praias brasileiras que podem receber cabos submarinos. O objetivo é afastar o risco de um potencial apagão da internet no país.

A discussão começou após protestos das empresas de telecomunicações contra a usina da Praia do Futuro, cujo governo do Ceará anunciou a mudança de localização em junho deste ano. Isso porque a operação da usina poderia romper os cabos — responsáveis por 99% do tráfego de dados do país.

O superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Gustavo Borges, disse que o órgão está estudando quais tipos de edificação poderão “existir nas praias que poderão receber essa infraestrutura crítica”.

Além disso, a ideia é que os cabos submarinos sejam descentralizados, chegando em diferentes locais do país. “Estamos fazendo um trabalho de reflexão para a desconcentração dos cabos submarinos. Nos Estados Unidos, por exemplo, existem dois cabos chegando em cada estado. Não devem existir todos os cabos em um único local”, explicou.

Entidades responsáveis farão testes de cabos submarinos

O general do Comando de Defesa Cibernética, Alan Lima, informou que, a partir de 14 de outubro, os cabos passarão por testes. Vale destacar que alguns dos cabos submarinos que passam por Fortaleza têm mais de 20 anos e não precisaram de licenças para instalação.

A iniciativa da Anatel inclui planos de ação para o caso de ocorrer um problema, como um apagão da internet. “Vamos simular um gabinete de crise vai exigir a ação de órgãos e empresas, para responder: se acontecer um problema em cabo submarino, como vamos reagir a isso? Quais órgãos têm responsabilidade? Como comunicar à sociedade? Como responder ao incidente?”, disse.

O teste será parte do sexto Exercício Guardião Cibernético, cuja última edição foi em 2023. Aliás, ele é coordenado pela Escola Superior de Defesa, o Comando Conjunto de Defesa Cibernética e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

As informações são do portal Minha Operadora.

Sair da versão mobile