O chatbot do Google, o Bard, finalmente aprendeu português. A partir da madrugada desta quinta-feira (13), já é possível utilizá-lo no idioma do Brasil. Mas, muito antes do Bard, outro robôzinho já havia conquistado a internet por aqui: o brasileiro Robô Ed.
Criado há quase 20 anos, em 2004, pelo CONPET, empresa ligada à Petrobras, o Robô Ed durou até 2016, quando foi encerrado o seu desenvolvimento. A inteligência artificial da tecnologia InBot era capaz de conversar com milhares de usuários, de todas as idades, ao mesmo tempo.
Inicialmente, seu propósito era falar sobre energia e meio ambiente. Alguns de seus tópicos principais eram o uso racional de derivados de petróleo e gás natural, além de dicas de economia, qualidade do ar, biocombustíveis, programas educacionais e fontes alternativas de energia, por exemplo. “ED”, aliás, é uma sigla para “Energia e Desenvolvimento”, segundo o site da InBot.
Em seus 12 anos de atividade, Ed chegou a responder a 1 milhão de perguntas em um único dia, além de chegar a 35 mil respostas diferentes. E ele não foi o primeiro chatbot da InBot. A empresa também lançou a assistente virtual da Unilever, a Sete Zoom, em 2001.
Sobre o que respondia o Robô Ed?
O carismático robôzinho, com o qual algumas pessoas chegavam até a desabafar, contou inclusive com uma psicóloga na equipe, de acordo com o fundador e chefe de tecnologia da InBot, Rodrigo Siqueira. Vale lembrar que, diferentemente de outros chatbots, o Robô Ed não contava com dados coletados da internet, mas sim dos sete funcionários da Inbot na época.
“Ficávamos vendo quais os assuntos mais falados pelos usuários e, a partir daí, criávamos respostas para perguntas que ele não sabia responder. No começo era mais específico, depois foi ficando mais geral. Colocamos informações de saúde, dicas de relacionamento, culinária…”, disse.
Mas, segundo Siqueira, muitas pessoas procuravam o Robô Ed apenas para testar suas regras, enviando mensagens ofensivas, por exemplo. As respostas do chatbot chegaram, inclusive, a virar meme nas redes sociais. Veja um exemplo: