Anti-aurora: fenômeno raro forma letra “E” gigante no céu do Alasca
Todd Salat, fotógrafo e caçador de auroras, registrou um fenômeno raro no céu do Alasca: uma aurora boreal em formato da letra “E”.
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Philips Walita Preta Fritadeira Airfryer Digital Série 3000, 4.1L de capacidade, Garantia...No entanto, o evento observado no dia 22 de novembro não era uma aurora boreal convencional, mas um fenômeno conhecido como “anti-aurora” ou “aurora negra”. O fenômeno luminoso se caracteriza por áreas escuras, ao contrário do padrão luminoso das auroras boreais.
Em vez de se originar por partículas solares carregadas de energia que interagem com gases da atmosfera, as anti-auroras emitem luz em um processo oposto, impedindo que as partículas cheguem aos gases atmosféricos.
Desse modo, a anti-aurora apresenta formas escuras, como círculos, anéis, ou até a letra “E”, como no céu do Alasca. Essas formas são, portanto, interrupções no padrão luminoso de uma aurora.
Como as auroras negras se formam
Em 2001, cientistas usaram dados dos satélites da missão Cluster, da Agência Espacial Europeia (ESA), para estudar as anti-auroras.
“Os dados da missão Cluster mostram que as auroras negras ocorrem quando há buracos na ionosfera, a camada da atmosfera onde as auroras se formam”, afirmou a ESA na época.
A ionosfera fica entre 60 km e 600 km acima da Terra e reflete ondas de rádio, preenchida por bilhões de elétrons com carga negativa e íons com carga positiva. Os sensores a bordo dos satélites detectaram campos elétricos com cargas positivas na zona atmosférica das auroras negras. Esses campos elétricos são estruturas verticais que expulsam os elétrons (cargas negativas) para o espaço.
Nas auroras boreais comuns, os elétrons chegam à atmosfera via estruturas similares, mas com cargas elétricas negativas.
Portanto, Göran Marklund, professor de física plasmática do Instituto de Tecnologia de Estocolmo, na Suécia, destaca que a aurora negra não é uma aurora.
No estudo de 2001, Marklund afirma que as auroras-negras representam “a falta de atividade de auroras em uma região onde os elétrons são expulsos da ionosfera”.
Um estudo de 2015 revelou que as estruturas com cargas elétricas positivas surgem quando o plasma das auroras é completamente liberado. Isso deixa ‘buracos’ na ionosfera durante a recuperação da magnetosfera após tempestades solares.
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