Pare de se preocupar com anúncios publicitários no Netflix
Relatos recentes alegam que o Netflix está testando a inclusão de propagandas no início e no final de filmes e programas que você assiste. A internet ficou revoltada — anúncios em um serviço pago?! — mas você já pode se acalmar.
O Netflix já exibe há algum tempo trailers de seus programas originais no final do episódio ou filme que você tenha acabado de assistir. Segundo o TechCrunch, o serviço testa agora a inserção destes mesmo trailers no início de um filme ou episódio de série.
É uma mudança, mas não tão drástica quanto a inserção de propaganda de terceiros. Ou seja, teremos, sim, algumas propagandas, mas apenas do conteúdo criado pelo próprio Netflix.
Reed Hastings, cocriador do Netflix, avisa no Facebook:
Não haverá publicidade no Netflix. Ponto. Estamos apenas adicionando trailers bacanas e pertinentes para outros conteúdos do Netflix de que você talvez goste.
Então, é possível que ao assistir um episódio de The Big Bang Theory ou Friends, você veja antes um trailer de Orange is The New Black, por exemplo.
Não será como o YouTube, que exibe anúncios de terceiros. Afinal, o Netflix não precisa muito disso: eles tiveram lucro de US$ 267 milhões em 2014, o dobro do ano anterior, graças às assinaturas. (O YouTube nunca deu lucro em seus dez anos de história.)
Isso não é muito diferente do que já fazem HBO Go e HBO Now, por exemplo: mesmo cobrando mensalidades, ambos inserirem propagandas entre os programas que você assiste, mas apenas propagandas do conteúdo original da HBO.
A ideia por trás dessa iniciativa é manter os usuários interessados e cientes do conteúdo disponível no serviço que eles pagam mensalmente. Você talvez conheça a programação completa do Netflix, mas um usuário que usa o serviço esporadicamente, talvez não.
Com uma lista de programas próprios cada vez maior, um trailer ou outro entre cada filme ou episódio de série pode, sim, ser interessante. Eu só espero que exista uma opção para pulá-las e que não sejam tão repetitivas quanto as do YouTube. [TechCrunch]
Foto de Reed Hastings: Jacques Brinon/AP