Jewel Staite viu a sua personagem Abigail Bianchi (a Abby) ter de recomeçar a advogar no escritório do pai após um fiasco no tribunal, enfrentar a luta contra o álcool, descobrir dois irmãos e um divórcio, na série “Family Law”. Mas, para a atriz canadense, todos os acontecimentos das duas primeiras temporadas não foram suficientes.
Em entrevista ao Giz Brasil, Jewel adiantou o que a advogada em direito de família vai enfrentar a partir de 16 de janeiro. A péssima relação com o pai, Harry Svensson (Victor Garber), por exemplo, continua longe de ser um caso encerrado.
“A felicidade está sempre fora do alcance dela. Ela tem muito que se curar. Por isso, ela deu saltos e saltos. Ela trabalhou muito em si mesma. Ela finalmente conseguiu se afastar daquele casamento que não era saudável e que não estava funcionando para ela. Mas há muito mais crescimento a ser feito. E há muitos relacionamentos que ainda precisam ser curados. O relacionamento com o pai dela, em particular, ainda é muito tumultuado.”
Porém, na terceira temporada, Abigail e Harry vão avançar alguns metros para uma relação mais saudável, o que abre chance para uma quarta temporada.
“Poderemos vê-los derrubar um pouco mais suas barreiras e se tornarem mais emotivos um com o outro. Nós e seu pai temos o mesmo temperamento. Então, quando eles brigam, é como se estivessem brigando por um espelho. Há muitas semelhanças. Geralmente é muito confuso. Então, sim, com certeza veremos mais.”
“Family Law” é uma série do Canadá de drama jurídico com exibição no Brasil — para a alegria da atriz, que ainda não visitou o nosso país.
A terceira temporada estreia no próximo dia 16 de janeiro, às 22h20, na Universal TV. As duas primeiras temporadas estão disponíveis no Globoplay.
O trailer da próxima temporada revelou que Harry perde a licença para ficar a frente dos casos de seu escritório. Logo, o filho Daniel (Zach Smadu) assume o posto do pai. Confira:
A atriz contou ao Giz Brasil no que ela e sua personagem se parecem no dia a dia.
“Bem, temos o mesmo problema com o humor. Adoramos usar o humor para nos distrairmos de tudo. Isso é definitivamente algo que eu faço. Mas não sou, sou um livro aberto. Sou o tipo de pessoa que, se você me perguntar como me sinto e eu lhe disser com toda a honestidade. Abby é muito flexível. Ela faz essa encenação, age como um robô, para se esconder. E acho que isso é algo que a prejudica.”
E com a robótica e cheia de dilemas Abigail, Jewel conquistou prêmios importantes no Canadá.
Ela recebeu três indicações com a personagem ao Leo Awards como melhor atriz em série de drama e venceu em 2022.
Em 2019, ela venceu como melhor atriz em curta de drama com “CC”.
“Family Law” também tem transmissão nos Estados Unidos pela emissora CW. Como uma série do mundo jurídico, é quase impossível não perguntar se Jewel acompanha “Law Order” e as já finalizadas “Suits” e “How To Get Away With a Murder”.
“Eu adoro, porque adoro séries, séries de procedimentos sobre casos e chefes. É superdivertido de assistir. Mas quando você tem o drama entre todos os outros personagens e seus relacionamentos entre si, é muito interessante.”
Apesar de ser do Canadá e filmar “Family Law” em Vancouver, Jewel acompanhou o movimento de greve em Hollywood encabeçado por roteiristas e, depois, pelos atores.
Entre as demandas, mais valorização das categorias e regulamentação sobre o uso de inteligência artificial.
A advogada na série e atriz na vida real assume a defesa:
“Obviamente terei que lutar com os atores. Nós éramos os azarões da greve. Lutamos e resistimos e acabamos vencendo no final das contas. Portanto, sempre lutarei pelos menos favorecidos. É por eles que sempre vou lutar.”
Jewel Staite estava no elenco da série distópica “Firefly”, de 2002, criada por Joss Whedon. Posteriormente, o cineasta fez filmes do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel), como “Vingadores” e “Vingadores: A Guerra de Ultron”.
Por fim, a atriz não faz coro às recentes críticas de Martin Scorsese e Jodie Foster às franquias de heróis para o cinema.
“Acho que há espaço para todos os tipos nesta indústria. Adoro filmes sérios, mas também adoro filmes de super-heróis. Gosto de ir ao cinema e me perder em uma história. E comendo pipoca e se divertindo, assistindo a ótimos efeitos, ótimas cenas de luta. Não posso ficar do lado de ninguém que eu ame, mas tenho muito respeito pelos atores que estão fazendo esses grandes filmes de ação de super-heróis. Esses filmes não são fáceis de fazer. Eles são realmente difíceis, e eu admiro qualquer pessoa que esteja disposta a fazer isso. Eu interpretaria um super-herói, desde que possa me sentar em uma cadeira. Se eu pudesse ser como o super-herói que controla as coisas com a mente, é isso que eu gostaria de fazer. Não preciso aprender nada.”
