O bilionário Elon Musk disse na noite desta terça-feira (20) que deixará em breve o cargo de CEO do Twitter. O anúncio via tuíte surge após ele mesmo criar uma enquete na plataforma para saber a opinião dos usuários sobre a sua saída da função.
Ainda na mesma postagem, Musk disse que deixaria o posto assim que encontrasse “alguém tolo o suficiente para aceitar o cargo”. A partir daí, o bilionário ficaria no comando apenas das equipes de software e servidores do Twitter.
I will resign as CEO as soon as I find someone foolish enough to take the job! After that, I will just run the software & servers teams.
— Elon Musk (@elonmusk) December 21, 2022
No último domingo (18), o magnata criou a enquete e ressaltou que respeitaria o resultado da votação. Ao todo, mais de 17,5 milhões de usuários responderam a enquete, sendo que 57,5% opinaram pela saída de Musk e 42,5% votaram contra.
Desde que comprou a rede social, Musk tomou uma série de medidas polêmicas, como a demissão de cerca de metade da equipe do Twitter, as idas e vindas do recurso de verificação de conta mediante pagamento, bem como transformar escritórios da empresa em dormitórios.
Na última semana, o bilionário foi condenado pelas Nações Unidas e pela União Europeia pela decisão do Twitter de bloquear jornalistas do New York Times, CNN e Washington Post que cobriam a rede social. “A liberdade da mídia não é um brinquedo”, disse a ONU, segundo a BBC.
Vazamentos também indicam que Musk afirmou a funcionários remanescentes do Twitter que o caixa da empresa pode ter um fluxo negativo de vários bilhões de dólares em 2023 e que “falência não está fora de questão”.
Existe uma expectativa que Jack Dorsey, o cofundador do Twitter, possa voltar a administrar a empresa. Além disso, outros nomes são cotados para a função de CEO, como Sheryl Sandberg, ex-diretora de operações do Facebook, Sriram Krishnan, engenheiro e confidente próximo de Musk, e Jared Kushner, ex-conselheiro presidencial dos Estados Unidos e genro de Donald Trump.