Após morte de Chadwick Boseman, diretor pensou em desistir de “Pantera Negra 2”
O diretor e roteirista Ryan Coogler revelou que fazer “Pantera Negra” sem Chadwick Boseman foi a coisa mais difícil de sua vida. Veja mais detalhes dessa história e a sinopse do filme
O diretor e roteirista Ryan Coogler cogitou se afastar das telonas e desistir da produção após a morte de Chadwick Boseman, intérprete do rei T’Challa, em 2020. O ator enfrentava um câncer no cólon, e manteve segredo até mesmo de amigos próximos.
O astro deu vida ao primeiro herói negro em um filme do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). Em entrevista à Entertainment Weekly, Ryan Coogler confidenciou que quase deixou o mundo do cinema após a morte de Chadwick Boseman.
“Eu estava em um ponto em que pensei ‘estou me afastando desse negócio’. Eu não sabia se poderia fazer outro filme de época, muito menos outro filme do Pantera Negra, porque doeu muito. Eu estava tipo, ‘Cara, como eu poderia me abrir para me sentir assim de novo?'”, afirmou.
“Eu estava debruçado sobre muitas das nossas conversas que tivemos, sobre o que percebi ser o fim de sua vida”, explica o diretor. “Decidi que fazia mais sentido continuar”. Ainda de acordo com a reportagem da EW, Ryan Coogler revisitou memórias nos dias e semanas após a morte de Chadwick Boseman.
Ele assistia a imagens antigas de si mesmo com o astro, ou ouvia entrevistas em que seu amigo falava sobre como o personagem de T’Challa e Wakanda significava para ele. O ator sempre foi um defensor do filme e, ao ouvir as palavras de Boseman, Coogler se viu pensando novamente no futuro.
“É meu trabalho como cineasta fazer coisas com as quais tenho integridade pessoal”, diz Coogler. “Se eu não acreditar no que estou fazendo, terei dificuldade em fazer com que outras pessoas realizem seu melhor trabalho. Para isso acontecer, elas precisam acreditar. No final do dia, as escolhas que fazemos têm que parecer verdadeiras para mim. Quando os cineastas fazem coisas que não parecem verdadeiras nem para eles mesmos, você percebe. E garanto que esses projetos não têm chance nenhuma de funcionar”, completa o diretor.
Ryan Coogler não desistiu da aposentadoria, e agora está de volta em “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”.
Imagem: Divulgação/Marvel
Segundo a sinopse oficial, “a Rainha Ramonda (Angela Bassett), Shuri (Letitia Wright), M’Baku (Winston Duke), Okoye (Danai Gurira) e as Dora Milaje (incluindo Florence Kasumba), lutam para proteger sua nação contra as potências mundiais intervenientes logo após a morte do Rei T’Challa.
Enquanto os Wakandanos se esforçam para aceitar este próximo capítulo, os heróis devem se unir com a ajuda da veterana guerreira Nakia (Lupita Nyong’o) e Everett Ross (Martin Freeman) e forjar um novo caminho para o reino de Wakanda.
Apresentando Tenoch Huerta como Namor, rei de uma oculta nação submarina, o filme também é estrelado por Dominique Thorne, Michaela Coel, Mabel Cadena e Alex Livanalli”.
Escrito e dirigido por Ryan Coogler, “Pantera Negra: Wakanda Forever” não colocará outro ator no papel de Chadwick Boseman ou usará CG para reviver o ator, que morreu aos 43 anos devido a um câncer de cólon, em 2020.
A Marvel decidiu não reformular o papel de T’Challa. Por isso, a sequência irá explorar outros personagens do mundo de “Pantera Negra”, enquanto também honra o legado que o astro deixou para trás.
O longa que terá Letitia Wright, Danai Gurira, Angela Bassett, Lupita Nyong’o, Winston Duke e Martin Freeman no elenco. Entre as novidades, estão a atriz Dominique Thorne fará sua estreia como Riri Williams, a heroína Coração de Ferro, assim como Tenoch Huerta, responsável por dar vida a Namor no MCU e, Michaela Coel, que interpretará Aneka, antiga instrutora de combate de Dora Milaje.
“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” tem estreia prevista para o dia 10 de novembro de 2022 nos cinemas brasileiros.
Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem
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