Após smartwatches, vem aí a “pele eletrônica” com IA que monitora a saúde
Cientistas americanos estão desenvolvendo um novo tipo de dispositivo vestível semelhante à pele que poderá ser usado no futuro para monitorar continuamente a saúde dos usuários. A ideia é que a nova tecnologia seja baseada em IA e ajude a detectar doenças cardíacas, câncer e esclerose múltipla.
A pesquisa é conduzida no Argonne National Laboratory, nos EUA, e envolve integrar componentes eletrônicos em um material elástico que poderá ser usado sobre a pele humana. Para tal, foi desenvolvido um semicondutor de plástico combinado com eletrodos de nanofios de ouro — feitos de um material altamente flexível, mas que ainda são capazes de conduzir eletricidade.
Durante o estudo, publicado na revista Matter, o material demonstrou ser maleável, podendo ser torcido ou mesmo esticado até o dobro do seu tamanho, funcionando conforme o planejado e sem a formação de rachaduras, conforme pode ser visto no vídeo abaixo:
Outro grande desafio enfrentado pelos pesquisadores foi desenvolver uma IA que imitasse a operação do cérebro e que pudesse ser combinada aos circuitos elásticos. O objetivo foi criar uma plataforma que pudesse coletar dados e e processar uma grande quantidade de dados, bem acima dos atuais smartwatches, mas sem consumir muita energia.
Como um teste, foi construído um dispositivo que foi treinado para distinguir dados saudáveis de eletrocardiograma (ECG) de quatro sinais diferentes que indicam problemas de saúde. O dispositivo foi capaz de fazer a identificação correta dos sinais em 95% das vezes.
De acordo com Sihong Wang, que integra a equipe de cientistas, o dispositivo também pode fazer uma análise personalizada dos dados de saúde rastreados, minimizando a necessidade da sua transmissão sem fio. “Embora ainda exija mais desenvolvimento em várias frentes, nosso dispositivo pode ser um divisor de águas em que todos podem obter seu estado de saúde de maneira muito mais eficaz e frequente”, disse Wang em comunicado.