Aposentados têm menor risco de doenças cardíacas, revela estudo
É comum pensar que, longe do stress do trabalho, aposentados vivem de forma mais tranquila que o restante da população. Mas uma pesquisa publicada na revista científica da Associação Epidemiológica Internacional mostrou que esse estilo de vida pacato faz mesmo os aposentados terem um menor risco de doenças cardíacas.
O estudo descobriu que o risco de desenvolver doenças cardíacas era 2,2% menor para os aposentados do que para os que seguem trabalhando. Além disso, o levantamento aponta que, pessoas com alto nível de escolaridade, a aposentadoria também está ligada a uma diminuição dos riscos de acidente vascular cerebral, obesidade e inatividade física.
A pesquisa mostrou ainda que existem diferenças entre quem trabalhava fazendo esforço físico e quem trabalhava em outro formato. Entre os trabalhadores sedentários, as taxas de doenças cardíacas, obesidade e sedentarismo caíram após a aposentadoria.
Já as pessoas que se dedicavam a um trabalho que exigia esforço físico tendiam a tornar-se obesas após deixarem de trabalhar. A diminuição na frequência de exercício físico deste grupo é de cerca de 3%. A pesquisa desconsiderou casos de voluntários com saúde debilitada ou aqueles que se aposentaram precocemente.
Koryu Sato, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Kyoto, disse ao JapanTimes que um dos fatores por trás do menor risco de doenças cardíacas para os aposentados é que as pessoas façam mais exercícios após a aposentadoria.
“Para as pessoas que continuam trabalhando, é importante reservar tempo para se exercitar de forma consciente”, disse Sato.
Desde a década de 1990, o grupo de investigação monitorizou a saúde de um total de 106.922 pessoas entre os 50 e os 70 anos em 35 países. Incluindo países asiáticos, bem como países europeus e os Estados Unidos, durante uma média de seis anos e sete anos.