App de saúde das Olimpíadas de Inverno na China traz falhas de segurança

Uso do aplicativo será obrigatório para quem for participar dos Jogos - o que inclui atletas, imprensa e público. Mas países temem espionagem digital, e planejam recomendar que seus comitês deixem aparelhos pessoais em casa
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Unsplash / reprodução

Um relatório acusou falhas preocupantes de segurança e privacidade no app “My 2022”, o aplicativo oficial dos Jogos Olímpicos de Inverno 2022, que acontecerão em Pequim, na China, daqui a pouco mais de duas semanas.

O aplicativo é obrigatório para o público, atletas e membros da imprensa, e é focado em monitorar a saúde de quem vai participar do evento. Mas uma análise recente mostrou que o software possui brechas que podem acarretar em coletas indevidas de dados dos usuários e interceptação de informações pessoais cadastradas.

O relatório é assinado pelo Citizen Lab, organização ligada à Universidade de Toronto, no Canadá, que monitora uso de dados e informação na rede. O documento aponta que os dados são mal criptografados pelo aplicativo, o que pode deixar atletas olímpicos, jornalistas e dirigentes esportivos vulneráveis a hackers.

O aplicativo será usado para o monitoramento de saúde. Isso inclui reunir passaportes sanitários, resultados de testes de contaminação pelo novo coronavírus, além de trazer notícias sobre os Jogos e informações sobre logística que interessam aos participantes.

O Comitê Olímpico Internacional (COI), diz que a organização local de Pequim 2022 também está usando o app para coisas como cronometragem e gerenciamento de tarefas.

Alerta ligado

Apesar de o relatório ter sido exposto só agora, não é de hoje que a segurança dos dados nos Jogos de Inverno de Pequim vem sendo criticada. Diversos países, como Estados Unidos, Austrália, Alemanha e Reino Unido, pediram aos seus comitês olímpicos e atletas que deixem smartphones pessoais e notebooks em casa.

Para driblar o problema, esses países sugerem levar apenas dispositivos provisórios para os Jogos — tamanho é o medo da espionagem digital. O Comitê Olímpico holandês, por exemplo, proibiu seus atletas de levar dispositivos pessoais para a competição.

As falhas já haviam sido reportadas à organização dos Jogos Olímpicos em dezembro do ano passado. Desde então, o My 2022 recebeu atualizações e novos recursos, mas não com a correção das falhas de segurança apontadas.

Ainda não se sabe se essas brechas na segurança serão revolvidas há tempo. Entretanto, como o uso é obrigatório, não há muito que os usuários possam fazer a não ser restringir o uso apenas ao essencial — além de esperar que um novo update resolva os problemas.

A competição está marcada para começar no dia 4 de fevereiro, com disputas que vão até o dia 20. O Brasil terá 11 atletas em cinco modalidades, incluindo bobsled (a descida de trenó) e diferentes categorias de esqui.

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