Apple quer alavancar Apple TV+ por meio de parcerias com fabricantes de TVs

A Sony é a mais recente em uma lista de TVs inteligentes prometidas para receber suporte para o aplicativo Apple TV.
Foto: Alex Cranz/Gizmodo

Com uma abundância de serviços que oferecem preços competitivos e conteúdos originais com qualidade cada vez melhor, a acessibilidade é fundamental. Sem um suporte capaz de atender os espectadores onde eles estão assistindo ao conteúdo, onde ou como quer que seja, um serviço pode rapidamente deixar de existir. Isso é especialmente verdadeiro para uma empresa que deseja ser o serviço de streaming número um do momento.

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A Sony anunciou na quarta-feira (14) que suas TVs inteligentes finalmente receberão o aplicativo Apple TV, lar de seu famoso serviço de streaming Apple TV+. O app começou a ser implementado nas TVs da série X900H com uma atualização de software a partir de quarta-feira (14), com suporte chegando a alguns modelos 2018 e na maioria dos modelos 2019 e 2020 ainda este ano, disse a empresa.

Isso significa que os clientes da Sony poderão acessar o Apple TV+ diretamente de suas TVs sem ter que recorrer a um dispositivo separado ou ao AirPlay 2 – algo que é importante se a Apple deseja maximizar sua base de assinantes. E é exatamente o que ela quer.

Isso torna a Sony a mais recente em uma lista de TVs inteligentes que teriam suporte para o aplicativo Apple TV conforme prometido no lançamento do Apple TV+. Na época, o suporte fora dos próprios dispositivos da Apple estava limitado a dispositivos Roku e Amazon e TVs inteligentes Samsung, mas a Apple havia dito que o suporte chegaria às plataformas LG, Sony e VIZIO em um momento não especificado “no futuro”. Isso foi há quase um ano – ou seja, antes tarde do que nunca, né?

Eu mesma tenho uma Sony x900H e gostaria de dizer que esta é uma notícia fantástica. Embora eu tenha uma Apple TV box e pelo menos uma dúzia de outros dispositivos de streaming para testar, prefiro ficar na tela inicial da minha Sony.

Por um lado, lidar com vários controles remotos – que às vezes tenho que fazer quando meu controle remoto da Apple TV não funciona também na minha televisão – é irritante demais. Um pequeno aborrecimento, claro, mas um aborrecimento mesmo assim! Outra coisa, porém, é que gosto bastante da tela inicial da Android TV da Sony, que mostra conteúdo relevante em meus vários aplicativos, algo que considero útil quando não estou com vontade de navegar sem rumo pela Netflix ou pelo Prime Video.

A Apple não está adicionando suporte à minha TV Sony, ou a outras TVs inteligentes, pela bondade de seu próprio coração. Colaborar com outras plataformas – em vez de limitar o acesso ao seu maior investimento em streaming para dispositivos Apple – é essencial para a sobrevivência do Apple TV+.

No momento, sua linha fragmentada de originais está enfrentando titãs da indústria que têm anos e anos de conteúdo em suas plataformas, em alguns casos preenchidos com uma pilha de conteúdo licenciado como é o caso do Hulu ou Prime Video. Com foco exclusivamente em originais e assinaturas premium para, por exemplo, Showtime, a Apple vai precisar de um tempo para construir uma biblioteca que possa se destacar por conta própria contra empresas como Disney+ ou Netflix.

O que isso significa é que, pelo menos por enquanto, a melhor opção da Apple para obter e reter assinantes é tornar seu aplicativo de streaming acessível no maior número de plataformas possível e com o preço mais competitivo possível.

Para muitos assinantes, esse preço é de US$ 5 por mês, ou aproximadamente o custo de uma xícara de café gourmet. A Apple também oferece seu serviço para muitas pessoas gratuitamente por um ano ao adquirirem um novo produto da Apple – uma maneira inteligente de atrair usuários que de outra forma não estariam interessados ​​em pagar por ele. Mas uma assinatura gratuita de conteúdo premium é inútil se não puder ser acessado nos próprios termos do usuário e, na maioria dos casos, provavelmente na maior tela possível em suas casas: a TV.

A Apple ainda vai ser a Apple, e há muitas plataformas que não suportam o aplicativo Apple TV. Mas está claro que a companhia sabe que TVs inteligentes premium e dois dos dispositivos de streaming mais populares do mercado são absolutamente essenciais para seu próprio sucesso. E pelo menos no futuro previsível, e enquanto estiver produzindo conteúdo para ser assistido em TVs, a Apple terá que continuar sendo legal com seus concorrentes.

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