A Apple responde a vários processos judiciais relacionados ao desempenho do iPhone ao redor do mundo. Neste ano, a empresa decidiu pagar as indenizações de casos nos Estados Unidos que faziam parte de um escândalo chamado “BatteryGate”. O pagamento faz parte de um acordo entre a Maçã e a Justiça americana para evitar gastos ainda maiores.
Em 2020, a Apple concordou em pagar US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,4 bilhões) para encerrar um processo aberto em 2017. Nessa ação, a empresa foi processada, após admitir que reduzia o desempenho do iPhone com o passar dos anos.
Segundo a Apple, conforme a bateria do iPhone envelhecia, era necessário diminuir o poder de processamento para aumentar a vida útil dos aparelhos.
Advogados acusaram a Maçã de limitar o desempenho de alguns modelos sem avisar aos consumidores ou dar opção de desativar a economia da bateria. Isso fez com que a empresa oferecesse um desconto no serviço de troca de bateria para resolver o problema, mas não foi suficiente.
Todo o problema resultou em uma ação judicial nos EUA. Na época, o processo ordenava que a Apple pagasse US$ 25 (R$ 121) para cada reclamação de iPhone lento registrada. Em 2020, quando a indenização chegou ao total de US$ 500 milhões, a empresa decidiu encerrar a ação com um acordo.
No final, em vez dos US$ 25 pedidos em 2017, cada consumidor recebeu US$ 92 (R$ 448). Caso a Apple tivesse demorado um pouco mais, esse custo poderia aumentar de forma significativa.
Apple foi processada no Brasil, mas não foi condenada
No Brasil, a Apple também respondeu a processos relacionados ao desempenho do iPhone. Em 2020, o UOL Tilt apurou que o Ministério da Justiça investigou o caso, mas não encontrou provas suficientes de que as ações da Maçã prejudicavam os consumidores.
O mesmo aconteceu nos ministérios públicos do Rio de Janeiro e Paraná. Para os órgãos públicos, a Apple agiu de forma prudente ao oferecer o serviço de troca da bateria por um preço bastante reduzido — na época, custava R$ 149. Com isso, os processos foram arquivados.