A saga das baterias de iPhones antigos termina com um acordo de US$ 113 milhões

Controvérsia envolvendo a bateria de iPhones e o lançamento de novos modelos pode chegar ao fim após um acordo de ação coletiva com a Apple.
Foto tirada do logotipo da Apple em loja na Itália. Crédito: Miguel Medina (AFP via Getty Images)
Crédito: Miguel Medina (AFP via Getty Images)

Os leitores mais jovens podem não saber, mas existia uma tradição anual: a Apple lançava um novo iPhone, iPhones antigos de repente começavam a ter um desempenho ruim e os usuários especulavam se era uma conspiração para levá-los a comprar o novo modelo. Descobriu-se que a conspiração era, de fato, real, e a Apple vem tentando fazer com que toda a saga constrangedora desapareça há anos.

Na quarta-feira (18), essa história finalmente chegou ao fim depois que o procurador-geral do Arizona, Mark Brnovich, anunciou que uma investigação envolvendo 34 estados está sendo concluída com um acordo e nenhuma admissão de culpa da Apple.

Em 2017, a Apple confessou que as atualizações do iOS estavam limitando os modelos mais antigos do iPhone, mas tratou a questão como um mal-entendido. A Apple disse que os ajustes de software visam mitigar desligamentos indesejados em dispositivos com baterias antigas. A empresa se desculpou e ofereceu trocas de bateria com desconto como um prêmio de consolação.

Muitos usuários acharam que a abordagem secreta da Apple era enganosa e tinha como objetivo levá-los a acreditar que precisavam de um novo celular quando uma bateria nova poderia manter o antigo funcionando por mais um tempo. A troca de bateria com desconto não foi suficiente para satisfazer alguns clientes, e neste ano a Apple concordou em entrar em um acordo com uma ação coletiva. O valor poderia chega a até US$ 500 milhões, distribuindo US$ 25 por aparelho, desde que o usuário requisitasse sua indenização. A Apple não admitiu qualquer irregularidade.

O anúncio desta semana conclui provisoriamente uma investigação separada iniciada por procuradores-gerais estaduais americanos sobre a controvérsia. Em um comunicado, o escritório de Brnovich disse que o acordo proposto inclui uma multa de US$ 113 milhões a ser distribuída entre os estados envolvidos, bem como a exigência de que “a Apple também deve fornecer informações verdadeiras aos consumidores sobre a integridade, desempenho e gerenciamento de energia da bateria do iPhone. A Apple deve fornecer essas informações importantes de várias formas em seu site, nas notas de instalação da atualização e na própria interface de usuário do iPhone.”

A Apple não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, mas presumindo que uma audiência pública marcada para o início de dezembro pode concluir que o acordo foi conduzido de maneira adequada, este episódio embaraçoso deve acabar logo para a empresa. Ela ainda terá cerca de US$ 193 bilhões em sua montanha de dinheiro e não terá admitido qualquer irregularidade.

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