A descoberta de que a Apple limita o desempenho de processadores de iPhones com baterias deterioradas tem causado certa dor de cabeça à empresa. A companhia está sendo alvo de ações no Brasil e no mundo e até reduziu o preço de troca de bateria.
Agora, Tim Cook, o CEO da empresa, diz que, em breve, donos de iPhones poderão desligar essa função que deixa os smartphones mais lentos.
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A informação foi dada por Cook durante uma entrevista à rede de TV norte-americana ABC. O chefão da Apple informou que a opção para desligar o recurso será disponibilizada via atualização do iOS e está programada para ocorrer no próximo mês. Como nota o 9to5Mac, o recurso deve chegar primeiro na versão beta para, em seguida, ser lançada para o público em geral.
Lógico que a desativação da funcionalidade poderá trazer “problemas” para o dono do iPhone. A consequência é que ao usar toda a capacidade da CPU e GPU (processador gráfico) com uma bateria danificada, o aparelho poderá desligar ou reinicializar automaticamente.
Cook pediu “sinceras desculpas” por toda a polêmica envolvendo as baterias e para “qualquer um que tenha pensado que a empresa tinha alguma outra motivação com isso” (entenda-se: forçar a compra de novos aparelhos ao tornar iPhones deteriorados mais lentos).
Ainda que tenha falado isso, o executivo sustentou que o código para limitar o processador de iPhones com baterias antigas é importante para fazer o celular durar mais. “Toda bateria, com o tempo, acaba envelhecendo, e essa bateria danificada pode causar desligamentos repentinos”, disse ao explicar a motivação do processo.
Na época em que a questão foi descoberta, a Apple afirmou que baterias antigas perdem a capacidade de fornecer a energia necessária para o funcionamento durante picos de uso de CPU.
A solução para esse problema foi limitar a velocidade dos processadores de dispositivos afetados, o que resulta em uma lentidão significativa, mas a companhia explica que essa é uma melhor alternativa do que ter um celular que frequentemente desliga sozinho.
Ainda que um dos principais assuntos da conversa tenha sido a bateria, o motivo da matéria era falar que a empresa vai investir US$ 38 bilhões nos Estados Unidos, o que deve gerar 20 mil novos empregos nos próximos cinco anos. Além disso, a empresa anunciou um novo datacenter em Reno, Nevada (EUA).
Foto do topo por AP