Apple permitirá download de aplicativos terceiros no iOS e iPadOS na Europa
A Apple está se movimentando para lançar uma versão alternativa de sua loja de aplicativos, a App Store, nos países que fazem parte da União Europeia. Esta nova versão permitirá a instalação de aplicativos terceiros, algo que não é possível na versão tradicional da plataforma.
Além de permitir o download de apps de provedores externos, o loja vai possibilitar a utilização de métodos alternativos de pagamento, o que permitirá que vários desenvolvedores comercializem seus produtos e serviços através da plataforma da big tech sem necessidade de pagar taxas.
A medida tem como principal objetivo entrar em conformidade com a Lei dos Mercados Digitais (DMA) aprovada em 2022. A norma estabelece um novo padrão de governança digital e estabelece novas regras que impactam usuários e também as grandes empresas de tecnologia do planeta.
A nova loja, que funcionará exclusivamente na Europa, deve ser lançada dentro das próximas semanas. A pressa pelo lançamento da nova App Store acontece em razão do prazo final para a gigante de Cupertino enquadrar-se nas exigências da DMA. O período se encerra em 7 de março.
O CEO da Apple, Tim Cook, se reuniu com a chefe antitruste da União Europeia, Margrethe Vestager, na sede da empresa para falar sobre a importância de empresa se enquadrar nas diretrizes antes do fim do prazo. Segundo informações vazadas, por mais que a Apple não tenha feito anúncios e comunicados públicos, ele vem trabalhando para entrar em conformidade com a DMA desde o ano passado.
Segundo o portal 9To5Mac, a empresa adicionou uma ferramenta no iOS 16.2 que permitia o bloqueio de alguns recursos com base em localização geográfica. Esta seria o instrumento responsável por gerenciar as permissões na App Store, permitindo downloads de terceiros na Europa e restringindo-os em outras regiões do planeta.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está próximo de implementar normas similar em breve, assim como o Japão também discute diretrizes nos moldes da legislação aprovada pelo parlamento europeu. A tendência é que mais regiões do planeta também sigam a tendência e aprovem normas parecidas, o que pode ser mal negócio para Apple e Google e uma grande benefício para empresas menores.