Apple pode dizer adeus ao SIM Card a partir da linha iPhone 14
A Apple pretende abandonar o uso da tecnologia dos chips físicos do tipo SIM Card a partir da linha iPhone 14. A novidade, revelada pelo The Wall Street Journal, significa que os usuários só poderão utilizar os chips virtuais — conhecidos como eSIM — para fazer ligações ou acessar a internet móvel.
Conforme apontou o site 9to5Mac, desde o iPhone XS, a Apple utiliza a tecnologia eSIM em seus aparelhos. No iPhone 13, por exemplo, lançado no ano passado, já é possível usar dois chips virtuais ao mesmo tempo no celular.
A expectativa é que pelo menos um aparelho da linha 14 seja lançado sem o suporte ao SIM Card. Apesar do fim do chip convencional ser apenas uma questão de tempo, o noticiário aponta que esta seria a primeira vez que um smartphone será lançado sem a bandeja de chip – o que pode motivar outras marcas a fazer o mesmo.
Essa remoção segue o objetivo de longo prazo da empresa da maçã de eliminar todas as portas dos iPhones, incluindo a de carregamento – quando a tecnologia dos carregadores sem fio estiver mais madura e popular.
O inevitável fim do SIM Card
Atualmente, os chips virtuais se tornaram bastante populares na Europa e na Ásia. Até mesmo nos Estados Unidos, onde os usuários são mais acostumados a utilizar apenas uma linha telefônica por aparelho, as principais operadoras do país já estão se preparando para esse futuro sem chips físicos.
Já no Brasil, as operadoras Claro, Vivo e TIM oferecem o suporte ao eSIM aos seus clientes, inclusive, com algumas delas dão a ativação gratuita, mesmo em planos do tipo pré-pago.
Diferentemente do chip convencional, o eSIM é embutido na placa-mãe do celular, o que significa que ele não pode ser removido. A tecnologia promete ser mais segura, pois, em caso de perda ou roubo, o aparelho permanece conectado, podendo ser localizado mais facilmente. Além disso, é possível ter mais de uma operadora configurada no eSIM, a ativação pode ser feita de forma remota e o usuário tem mais comodidade em usar chips temporários durante viagens internacionais.
As desvantagens é que poucos smartphones são compatíveis com o eSIM. Além disso, o usuário pode ter mais dificuldade para migrar a linha para um novo aparelho. Por exemplo, no caso da quebra de um smartphone, o usuário não conseguirá usar o número em um novo celular sem antes entrar em contato com a operadora para fazer o procedimento de migração.