Cientistas criaram uma pequena arma laser que gera antimatéria

Lembra aquela vez que você misturou vinagre e bicarbonato de sódio e decidiu que queria ser um cientista? Talvez você devesse ter seguido esse caminho. Aí você poderia ser um dos caras que desenvolveram uma “arma” que cria pósitrons ao atirar lasers em ouro. Uma equipe de físicos da Universidade de Michigan (EUA) publicou um […]

Lembra aquela vez que você misturou vinagre e bicarbonato de sódio e decidiu que queria ser um cientista? Talvez você devesse ter seguido esse caminho. Aí você poderia ser um dos caras que desenvolveram uma “arma” que cria pósitrons ao atirar lasers em ouro.

Uma equipe de físicos da Universidade de Michigan (EUA) publicou um artigo sobre o seu dispositivo na Physical Review Letters.

Basicamente, ele é pequeno o suficiente para ser colocado em uma mesa, e pode criar pósitrons – anti-elétrons – como o Grande Colisor de Hádrons (LHC). Pósitrons, se você não está familiarizado, são encontrados em buracos negros e pulsares (estrelas de nêutrons).

O PhysOrg explica o processo em mais detalhes:

A equipe disparou um laser petawatt em uma amostra de gás hélio inerte. Ao fazer isso, criou-se um fluxo de elétrons que se movem a uma velocidade muito alta. Esses elétrons foram direcionados para uma lâmina muito fina de ouro, o que os fez colidir com os átomos do metal. Estas colisões resultaram em uma corrente de elétrons e pósitrons – os dois foram então separados usando ímãs.

Os pesquisadores relatam que cada rajada de sua arma dura apenas 30 femtosegundos, mas cada disparo resulta na produção de quatrilhões de pósitrons, um nível de densidade comparável aos produzidos no CERN.

Para ter ideia do tamanho disso tudo: um petawatt é um quatrilhão de watts; um femtosegundo é um quatrilionésimo de segundo; e um quatrilhão é 1.000.000.000.000.000.

Acredita-se que podemos usar aparelhos como este para estudar pósitrons mais facilmente do que nunca, e aprender mais sobre os buracos negros no espaço. É algo bem emocionante, mesmo que você e eu não consigamos entender muito bem as nuances – mas é para isso que os cientistas estão aí. [PhysOrg]

Imagem por Ingrid W./Shutterstock, praticamente sem relação com o experimento real (duh)

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