Arqueóloga afirma ter encontrado busto de Cleópatra em templo no Egito
Em uma recente descoberta de artefatos antigos no templo Taposiris Magna, em Alexandria, no Egito, uma arqueóloga afirmou ter encontrado um busto de Cleópatra.
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Apple iPhone 15 Pro Max (256 GB) — Titânio AzulDe acordo com a arqueóloga Kathleen Martínez, que lidera a equipe de escavação, a estátua, que mostra uma mulher usando uma coroa, representa Cleópatra VII, a última governante da dinastia ptolomaica do Egito. Sim, aquela Cleópatra, uma das personagens mais famosas da história, que formou alianças com os imperadores romanos Marco Antônio e, sobretudo, Júlio César.
A arqueóloga encontrou a estátua sob uma parede ao sul do templo, ao lado dos fragmentos de uma escultura de um rei com o “némés”, um adorno real egípcio que cobre a cabeça e os ombros.
A escavação também revelou outros artefatos, incluindo cerca de 350 moedas cunhadas com a imagem de Cleópatra VII, estátuas de bronze e um anel, também de bronze, dedicado à deusa da fertilidade Hathor. Além disso, os arqueólogos também encontraram um amuleto com a frase “a justiça de Rá se reergueu”.
Esses itens eram parte de um conjunto de objetos que os antigos egípcios enterravam quando começavam a construir estruturas importantes. Desse modo, os arqueólogos conseguiram identificar a data de construção do templo, que ocorreu no fim do período Ptolemaico, no século I a.C.
A arqueóloga, que busca pelo túmulo de Cleópatra desde 2005, acredita que a estátua seja uma representação precisa da rainha, que governou o Egito entre 51 a.C. e 30 a.C.
Martínez se baseia nos atributos reais da estátua e no contexto da descoberta. Na mesma escavação, a arqueóloga descobriu restos de um templo grego em Taposiris Magna, com uma necrópole adjacente contendo 20 tumbas e outra tumba sob um antigo farol.
Busto pode não ser de Cleópatra, mas há um viés…
O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito afirmou que a descoberta é de grande importância para o estudo do período Ptolemaico.
No entanto, o ex-ministro de antiguidades do Egito, Zahi Hawass, discorda da tese da arqueóloga sobre a origem do busto de Cleópatra. Segundo Hawass, o busto possui elementos estéticos da Roma Antiga, inconsistentes com as características artísticas do período do reinado de Cleópatra.
Para Hawass, a estátua representa uma princesa romana. “Examinei cuidadosamente o busto. Não é Cleópatra de forma alguma; é romano”, disse o ex-ministro ao portal Live Science.
Aliás, Hawass foi o primeiro parceiro da arqueóloga quando ela iniciou sua busca pela tumba de Cleópatra, em 2002. O então secretário-geral do Conselho de Antiguidades do Egito apresentou o Taposiris Magna à dominicana.
Há 20 anos, a arqueóloga busca por Cleópatra incansavelmente, como se fosse Lara Croft dos jogos de “Tomb Raider”.
No entanto, em 2019, a parceria se rompeu após polêmicas sobre declarações de que a descoberta da tumba era iminente, atribuídas à Hawass. Por sua vez, Hawass negou as declarações e afirmou que a tese pertencia à Martínez e que, além disso, não acreditava na hipótese sobre o túmulo de Cleópatra.
À época, Hawass destacou que os antigos egípcios nunca enterravam as pessoas em templos, que serviam para adorar os deuses e, “portanto, é improvável que o túmulo de Cleópatra esteja em Taposiris Magna”.
Por outro lado, Hawass já sofreu acusações de comportamento dominador pela mídia e por outros arqueólogos. Segundo uma reportagem do New York Times, de 2005, Hawass proibia arqueólogos de anunciar suas próprias descobertas e usava a mídia para se beneficiar após negar acesso a sítios arqueológicos.
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