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Arqueólogos descobrem cidade de 4.400 anos no deserto da Arábia Saudita

Apesar de possuir um distrito central e uma área residencial, a cidade de 4.400 anos era relativamente pequena, com uma população de cerca de 500 habitantes.

Arqueólogos descobrem cidade de 4.400 anos em oásis no deserto da Arábia Saudita

Arqueólogos descobriram uma antiga cidade de mais 4.400 anos no meio do deserto da Arábia Saudita, indicando uma lenta urbanização da região durante a Idade do Bronze.

Situada no oásis de Khaybar, a cidade foi batizada de “al-Natah” pelos arqueólogos que descobriram a cidade, num sítio arqueológico próximo à cidade de Al-’Ula.

Conforme um estudo publicado no dia 30 de outubro, os arqueólogos ressaltam que, diferentemente do Egito e da Mesopotâmia, a antiga cidade era pequena, com 1,5 hectares (ou 15 mil m²).

Apesar de possuir um distrito central e uma área residencial, a cidade era relativamente pequena. Durante seu auge, a população chegou a ter apenas 500 habitantes.

De acordo com os arqueólogos, a área residencial tem vestígios de barro e pedras de amolar, bem como restos de 50 moradias construídas de barro na antiga cidade. A área central conta com dois edifícios que eram áreas administrativas.

Área residencial da antiga cidade. Imagem: Charloux et al./PLOS One/Divulgação

Além disso, os arqueólogos descobriram uma necrópole na parte central da cidade, com tumbas circulares em torres.

Contudo, os arqueólogos não encontraram evidências de escrita na antiga cidade do deserto árabe. Eles descobriram apenas alguns vestígios de cereais, sugerindo o cultivo de grãos na cidade.

Além disso, os arqueólogos descobriram que o local tinha uma muralha de 14,5 quilômetros para proteção contra ataques de nômades.

Urbanização lenta em cidade árabe de 4.400 anos

A cidade, cuja ocupação ocoreu entre os anos 2.400 e 1.500 a.C., foi abandonada pouco tempo depois, mas os arqueólogos não sabem o motivo.

No período em que al-Natah tinha habitantes, cidades no Egito, na Mesopotâmia e no leste do Mediterrâneo estavam no auge da urbanização. Portanto, os arqueólogos afirmam que estudos em al-Natah e em outros assentamentos apontam uma lenta urbanização na Arábia.

“Há quatro mil anos, cidades e assentamentos na Arábia estavam na fase de transição para urbanização, sobretudo em regiões dominadas pelo deserto. Essa fase, chamada ‘urbanização lenta’ descreve um estágio de transição do pastoralismo, fase em que povos nômades buscavam áreas para pecuária, e a construção de assentamentos urbanos complexos”, diz o estudo.

Os arqueólogos que descobriram a cidade no deserto destacam que as cidades da Arábia Saudita, durante a Idade do Bronze, se conectavam por uma rede de enormes muralhas ao redor do oásis. Essa seria a explicação para a lenta urbanização na região e o porquê das cidades serem pequenas.

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