Arqueólogos encontram tumba e capelas de 3,2 mil anos no Egito

A tumba encontrada no Egito pertence a Panehsy, que atuou como importante mordomo do templo dedicado ao deus Amon. Veja a imagem aérea
Arqueólogos encontram tumba e capelas de 3,2 mil anos no Egito
Imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Reprodução

Uma equipe formada por pesquisadores holandeses e italianos encontrou no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito, a tumba de uma pessoa chamada Panehsy, que viveu há 3,2 mil anos. Os pesquisadores também revelaram no local quatro capelas funerárias que datam do período Ramesside.

Panehsy foi um importante mordomo do templo dedicado ao deus Amon, do vento e da atmosfera. Seus títulos estão mencionados em hieróglifos, como “Panehsy de Mênfis” e “administrador do templo do [deus] Amon”.

Segundo o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, o local “assume a forma de um templo autônomo, já que o cemitério tem um portão de entrada, um pátio interno contendo bases de colunas de pedra e um poço que leva a câmaras funerárias subterrâneas e três capelas próximas umas das outras”.

Intervenções artísticas em tumba no Egito

Os antigos egípcios levantaram o túmulo com paredes de tijolos de barro e o decoraram com relevos coloridos. As intervenções artísticas ilustram Panehsy, sua esposa Baia, sacerdotes e sacrifícios.

Em uma das imagens, o dono do túmulo é mostrado adorando a deusa Hathor, que aparece como uma vaca saindo de uma montanha. Um segundo desenho aponta para Panehsy e sua esposa sentados à mesa com um sacerdote.

A equipe identificou quatro capelas no total, duas das quais continham várias inscrições. A primeira mostrava uma rara representação de seu dono, que se manteve desconhecido, com sua família. Já a segunda revelava o nome de Yoyo, descrito como “o fabricante de folhas de ouro do tesouro do Faraó”.

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Relevos coloridos na segunda capela mostram o cortejo fúnebre de Yoyo, o seu renascimento para o outro mundo, além de deuses e outros itens. Os cientistas acreditam que os egípcios reutilizaram a capela em épocas posteriores devido ao seu estado de preservação.

Por fim, os estudos sobre o local devem ajudar os arqueólogos a descobrir mais informações sobre a necrópole de Saqqara, que funcionou no passado como cemitério de Mênfis, antiga capital egípcia.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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