Uma equipe de arqueólogos liderada por Zahi Hawass, ex-ministro de Antiguidades do Egito, encontrou o que parece ser a múmia mais antiga do país. O corpo, sepultado há 4,3 mil anos, estava dentro de um sarcófago lacrado com argamassa em uma tumba próxima ao Cairo.
A múmia estava enterrada em um poço com 15 metros de profundidade perto da Pirâmide de Djoser, na Necrópole de Saqqara, que é considerada um Patrimônio Mundial da Unesco. Ela parece pertencer a um homem chamado Hekashepes, que foi coberto com camadas de folhas de ouro.
O grupo encontrou outros túmulos e objetos que apontam para a 5ª e 6ª Dinastia do Antigo Egito. Uma das tumbas, considerada a mais importante, pertencia a Khnum-djed-ef – um antigo sacerdote. A segunda maior tumba pertencia a Meri, que foi um oficial do palácio real.
Os achados foram descritos por Hawass em seu Instagram. O arqueólogo cita, por exemplo, a tumba de um padre revelada no complexo da pirâmide do rei Pepi I. No local havia ainda nove estátuas, que se juntam a outras figuras de madeira encontradas em um poço próximo.
Também foram encontradas três estátuas de pedra que representavam uma pessoa chamada Fetek. As peças foram colocadas ao lado de uma mesa de oferendas e um sarcófago de pedra que continha sua múmia. Amuletos, vasos, ferramentas e cerâmicas também integram a coleção.
Nos últimos anos, arqueólogos fizeram uma série de descobertas no Egito — mais especificamente em Saqqara. Além do interesse histórico, tais achados também sustentam o turismo do país, que sofreu baques devido a agitação política desde 2011 e as restrições impostas durante a pandemia de 2020.