Artemis 1 nem decolou e NASA já encomendou mais 3 naves Orion

Naves serão utilizadas a partir da missão Artemis 6, prevista para 2027. Novo contrato custará à NASA US$ 1,99 bilhão
Artemis 1 nem decolou e NASA já encomendou mais 3 naves Orion
Imagem: Lockheed Martin/Divulgação

A NASA assinou um novo contrato com a empresa americana Lockheed Martin que prevê a entrega de mais três espaçonaves Orion para o programa Artemis. O novo acordo custará US$ 1,99 bilhão (cerca de R$ 10,70 bilhões).

As novas naves serão usadas nas missões Artemis 6, 7 e 8, com previsão para serem lançadas em direção à Lua a partir do ano de 2027.

Até então, a agência espacial já tinha encomendado seis naves para a Lockheed Martin – incluindo o protótipo, usado apenas para testes. O contrato inicial previa um mínimo de seis e um máximo de 12 naves Orion, para entrega até setembro de 2030.

Atualmente, as naves que serão usadas nas missões Artemis 2 e 3 já estão sendo montadas no Centro Espacial Kennedy, da NASA. A Orion da Artemis 4 está, neste momento, sendo soldada e tendo seu escudo térmico fabricado, enquanto que os trabalhos para a Artemis 5 já estão em sua fase inicial.

Segundo a empresa contratada pela NASA, as novas naves estão ficando cada vez mais baratas. Enquanto as naves das missões 3, 4 e 5 tiveram 50% de redução em seus custos de produção, as novas três Orions encomendadas terão economia adicional de 30%.

Um dos motivos para essa economia é que alguns componentes da Artemis 1 serão reaproveitados na nave da Artemis 2. Essa reutilização vai acontecer a cada nova missão até que a nave da Artemis 3 seja totalmente reformada para a missão Artemis 6.

Além disso, a Lockheed Martin diz que reduzirá custos de produção ao fazer compras a granel de materiais e componentes de fornecedores. “Estamos obtendo economias de custo substanciais da Artemis 3 a 8 por meio da extensa estrutura e reutilização do sistema e pela incorporação de projetos digitais avançados e processos de fabricação”, disse Tonya Ladwig, vice-presidente e gerente de programa da Orion na Lockheed Martin.

Foto de março de 2020, quando a nave Orion chega ao Centro Espacial Kennedy, da NASA, para iniciar a integração com o foguete da missão Artemis 1.

Foto de março de 2020, quando a nave Orion chega ao Centro Espacial Kennedy, da NASA, para iniciar a integração com o foguete da missão Artemis 1. Imagem: Lockheed Martin/Divulgação

Apesar do otimismo da NASA que o programa de exploração da Lua irá “decolar” conforme o cronograma planejado, a agência tem recebido críticas pelos sucessivos atrasos no desenvolvimento da missão Artemis 1 nos últimos anos, assim como as recentes falhas no foguete SLS (sigla para “Sistema de Lançamento Espacial”).

Além disso, o novo foguete da NASA é apontado como caro demais – custando cerca de US$ 4 bilhões por lançamento, sendo que ele nem é reutilizável. Questiona-se se o programa não sairia mais barato se ele fosse relegado totalmente para a iniciativa privada, assim como é feito atualmente no envio de astronautas para a ISS (Estação Espacial Internacional).

Hemerson Brandão

Hemerson Brandão

Hemerson é editor e repórter, escrevendo sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Grande entusiasta da astronomia, também é interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.

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