“Assinatura digital”, “zerésima”: veja o glossário tech do TSE das eleições 2022

Glossário apresenta palavras específicas do processo das eleições; zerésima é o comprovante de que urna está zerada, por exemplo
"Assinatura digital", "zerésima": veja o glossário tech do TSE das eleições 2022
Imagem: Antonio Augusto/Ascom/TSE

Criptografia, blockchain, malware, lacres de segurança, zerésima… É muito termo diferente para acompanhar nas eleições deste ano. Por isso, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) acaba de lançar o glossário de tecnologia para consulta. 

Os textos são curtinhos e bem informativos sobre 33 verbetes que podem não ter o significado lá tão claro para quem não é da área, mas que estão muito presentes no processo eleitoral. 

Veja o significado de alguns termos técnicos das Eleições 2022 

Assinatura digital

É a tecnologia usada para autenticar os documentos eletrônicos. Ela usa chaves criptográficas – ou seja, protocolo que impede que pessoas não autorizadas reproduzam a mesma assinatura. Tem validade jurídica e pode ser usada em contratos, procurações, laudos médicos e outros documentos online. 

Barreira de segurança

Refere-se às 30 camadas de segurança para proteger o sistema das urnas eletrônicas de qualquer tentativa de invasão. Para alterar uma informação, um hacker teria que passar por diversas barreiras. Segundo o TSE, isso inviabiliza qualquer tentativa. “O tempo e o esforço necessários seriam muito maiores que o benefício eventualmente obtido, além do pouco tempo disponível durante a votação”, diz o tribunal. 

Boletim de urna

É o relatório em papel emitido pela urna eletrônica ao final da votação. Ali é possível conferir o total de votos de uma seção eleitoral assim que termina a eleição – neste caso, a partir das 17h. O boletim traz informações como o total de votos por partido, por candidato, total de votos nominais, de legenda, nulos e brancos. Todos ficam disponíveis no Portal do TSE. 

"Assinatura digital", "zerésima": veja o glossário tech do TSE das eleições 2022

Boletim de urna sai em papéis como o da imagem, utilizado em testes da segurança das urnas com a Polícia Federal em agosto de 2022. Imagem: LR Moreira/Secom/TSE

Código-fonte da urna

É o conjunto de linhas de programação de um software que fornece as instruções para que ele funcione. O programador “escreve” o programa em uma linguagem específica para depois convertê-la em linguagem de máquina – a única que o computador é capaz de entender. O código-fonte das urnas é compartilhado com 16 instituições, entre elas o Ministério Público, Congresso Nacional, STF (Supremo Tribunal Federal) e Polícia Federal.

Criptografia

Lembra da criptografia de ponta a ponta do WhatsApp? A criptografia é a forma de codificar certa mensagem de modo que só aqueles que compartilham a chave podem decifrar. Na Justiça Eleitoral, a criptografia serve como mecanismo de segurança para a proteção de dados como o número de votos e biometria dos eleitores. Como os dados ficam “embaralhados”, eles ficam inacessíveis a pessoas não autorizadas. 

Flash card

É o cartão de memória com as características de leitura e gravação das urnas, quase como um HD. Até as eleições de 2010, eram usados disquetes. Depois disso, viraram pen drives. Mas não é qualquer pen drive: eles têm um formato físico exclusivo da Justiça Eleitoral, o que facilita o uso e evita problemas de conexão. 

Imagem: Antonio Augusto/Secom/TSE

Malware

É um software mal-intencionado, ou seja, qualquer programa ou arquivo prejudicial ao funcionamento de um equipamento digital, como computadores e smartphones, por exemplo. O TSE diz que não é possível que malwares invadam a urna eletrônica. Segundo o órgão, a placa-mãe possui um hardware de segurança protegido com resina epóxi, que não pode ser desligado ou desativado. É isso que atesta a autenticidade dos programas usados na urna. 

Sala cofre do TSE

Espaço dentro do TSE, em Brasília, com 90 computadores onde estão armazenados todos os dados do processo eleitoral brasileiro, como o cadastro nacional de eleitores, registros e prestação de contas de candidatos. É a sala-cofre que centraliza a apuração e totalização dos votos de todo o país. Ela é climatizada, à prova de fogo e terremoto. 

Zerésima

O termo zerésima representa o ponto de partida para começar a votação nas eleições. Antes do primeiro eleitor se dirigir à urna, o presidente da mesa já deverá ter ligado os equipamentos na presença dos mesários e fiscais de partidos políticos. Ali, então, ele imprime o relatório de zerésima, que é o que confirma que a urna está zerada – ou seja, sem nenhum voto. 

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Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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