Espaço

Astronauta da NASA quebra (sem querer) recorde de 1 ano no espaço

Astronauta da NASA deve ficar no espaço até o final do mês, completando 371 dias em órbita; um recorde na história dos EUA até então
Imagem: NASA/Divulgação

Nesta segunda-feira (11), o astronauta norte-americano Frank Rubio quebrou o recorde de 365 dias consecutivos trabalhando no espaço. No entanto, essa não era a intenção incial de Rubio (nem mesmo da NASA).

Este é o maior tempo em órbita de um astronauta da história dos EUA. Rubio ultrapassou o recorde anterior de 355 dias, três horas e 45 minutos de outro astronauta da NASA, Mark Vande Hei.

Contudo, como Rubio deve permanecer a bordo da ISS até 27 de setembro, ele alcançará o marco de 371 dias no espaço.

O astronauta da NASA saiu da Terra no último dia 21 de setembro de 2022. Ele estava a bordo da nave russa Soyuz MS-22, com os cosmonautas Sergey Prokopyev e Dmitry Petelin, da Roscosmos.

Rubio (à esquerda) e os cosmonautas russos tripulantes Soyuz MS-22. Imagem: NASA/Divulgação

O plano era retornar à Terra após seis meses no espaço. Contudo, em dezembro de 2022, controladores de voo da Rússia alertaram que a nave Soyuz MS-22 estava com uma falha que fez perder seu sistema de refrigeração. Isso colocava em risco um retorno seguro dos astronautas.

Em fevereiro deste ano, a Roscosmos enviou uma nave substituta de resgate, mas a equipe teria que ficar a bordo da ISS por mais seis meses, para não atrapalhar a programação de futuras missões. Foi desse modo que o astronauta da NASA quebrou, sem querer, o recorde de um ano no espaço.

No lado russo, o cosmonauta Valeri Polyakov ainda detêm o recorde de maior permanência no espaço. Ele ficou 437 dias seguidos a bordo da antiga estação espacial MIR, entre os anos de 1994 e 1995.

Rubio exalta os benefícios de ficar um ano no espaço

Em entrevista ao canal ABC, da TV americana, Rubio afirma ser uma honra conseguir ser uma das pessoas “que passaram um ano no espaço”. Contudo, Rubio é humilde em reconhecer que, certamente, o seu recorde será quebrado em breve.

“Esse tempo é, certamente, significante no sentido de nos mostrar o quanto o corpo humano pode suportar e se adaptar no espaço”, diz o astronauta. “Acredito ser realmente importante que nós [astronautas] possamos aprender como o corpo humano aprende a se adaptar e como podemos otimizar esse processo para melhorarmos nosso desempenho ao explorar lugares mais distantes da Terra”, conclui.

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