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Astronautas imprimem menisco de joelho humano em 3D dentro da ISS no espaço

A principal vantagem de fabricar joelhos no espaço é que as condições de microgravidade evitam deformações

Astronautas imprimem menisco de joelho humano em 3D dentro da ISS no espaço

Imagem: Redwire/Divulgação

Pela primeira vez, astronautas imprimiram uma estrutura interna do joelho no espaço. O menisco de joelho foi feito usando uma impressora 3D a bordo da ISS (Estação Espacial Internacional).

Para tal, os cientistas usaram um tecido feito para corrigir lesões em atletas e militares dos EUA. Em julho, os astronautas da NASA Frank Rubio, Woody Hoburg, Stephen Bowen, além do astronauta dos Emirados Árabes Unidos Sultan Al-Neyadi, usaram o 3D BioFabrication Facility para imprimir a estrutura.

De acordo com a empresa norte-americana Redwire, eles cultivaram em um laboratório orbital o tecido por 14 dias após a impressão.

“Este é um marco inovador com implicações significativas para a saúde humana”, disse em um comunicado o vice-presidente executivo da Redwire, John Vellinger.  “Demonstrar a capacidade de imprimir com sucesso tecidos complexos como este menisco é um grande salto em direção ao desenvolvimento de um processo de fabricação por microgravidade repetível para bioimpressão confiável em escala”, completa.

Na prática, a principal vantagem de fabricar itens no espaço é que as condições de microgravidade, por exemplo, não causam o puxamento ou estiramento dos itens devido à gravidade da Terra.

Como funciona a pesquisa feita por astronautas

A Redwire enviou a impressora 3D para a estação espacial em novembro do ano passado. A instalação permite imprimir e cultivar organoides, que se assemelham a órgãos humanos, mas são feitos artificialmente.

Empresa norte-americana Redwire foi a responsável pelo estudo. Imagem: Redwire/Divulgação

Pesquisadores podem usar esses organoides para testar novos compostos de medicamentos. Dessa forma, eles coletam dados significativos que podem ajudar na modelagem de doenças e no desenvolvimento de remédios. Isso também inclui avanços na engenharia de tecidos.

Atualmente, a Redwire opera 10 instalações de pesquisa no espaço. A empresa espera lançar novos estudos em breve. Em novembro, por exemplo, a empresa enviará várias cargas farmacêuticas em uma missão da SpaceX, incluindo a expectativa de imprimir tecido cardíaco em órbita.

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