Astronomia em 2023: os 11 principais fenômenos do céu noturno

Calendário recheado: confira quando acompanhar os acontecimentos astronômicos mais fascinantes de 2023
Imagem: Reprodução/Peter Ward

2023 já começou e é hora de falar dos diversos fenômenos astronômicos fascinantes que tomarão o céu neste ano. Há eclipses, alguns encontros da Lua com Vênus e, para fechar com chave de ouro, a anual chuva de meteoros Geminídeas, que acontece todo mês de dezembro.

Confira os principais eventos da astronomia para 2023:

23 de janeiro: Lua crescente encontra Vênus e Saturno

Cerca de uma hora após o pôr do sol, a Lua crescente irá surgir no céu a sudoeste, acima de Vênus e Saturno. Os planetas estarão a apenas um grau de distância uns dos outros e poderão ser vistos simultaneamente com o auxílio de binóculos e lunetas. É possível, porém, que o forte brilho de Vênus poderá ofuscar Saturno.

22 de fevereiro: encontro da Lua e Júpiter

No momento em que Sol sumir no horizonte, a Lua crescente estará se aproximando de Júpiter, enquanto Vênus estará posicionado um pouco abaixo no céu. Mais ao sul da América do Sul, será possível enxergar a Lua passando na frente de Júpiter rapidamente, numa ocultação lunar.

1o de março: Vênus e Júpiter vão se unir

Nos dois primeiros meses de 2023, Vênus e Júpiter terão uma aproximação gradual no céu a sudoeste. Já na noite de 1o de março, esses planetas estarão no mesmo campo de visão para os observadores.

11 de abril: Vênus se aproxima das Sete Irmãs

Uma hora depois do pôr do Sol, Vênus e o aglomerado estelar das Plêiades formarão uma combinação perfeita. Vênus estará fácil de identificar a olho nu devido ao brilho no céu a sudoeste. Com binóculos, será possível observar o agrupamento de estrelas próximo do planeta. As nove mais brilhantes foram batizadas em homenagem às Sete Irmãs da mitologia grega, juntamente com seus pais. Em locais sem interferência luminosa, o aglomerado de cerca de três mil estrelas estará visível a olho nu. Enquanto isso, Vênus estará a cerca de 160 milhões de km da Terra. Já as Plêiades, a a cerca de 4,2 quatrilhões de km de distância.

11 de abril: Aparição de Mercúrio

Ainda na mesma noite, Mercúrio poderá ser encontrado perto do horizonte a oeste, aproximadamente meia hora depois do pôr do Sol. Ele alcançará o ponto mais alto no céu, oferecendo a melhor visão do ano do planeta. Binóculos são recomendáveis, já que o brilho do Sol pode atrapalhar a visualização.

20 de abril: eclipse solar híbrido na Oceania

A Oceania terá a sorte de testemunhar um eclipse solar híbrido bastante raro. Em algumas regiões será total, e em outras, anular. Em alguns lugares será possível ver os dois, mas o mais surpreendente é que em diversas regiões do oeste do Pacífico, um eclipse parcial do Sol ficará visível. Também conhecido como eclipse de anel de fogo, no eclipse anular, um anel de luz solar envolve a Lua ao passar diante do Sol.

22 e 23 de abril: chuva de meteoros Líridas

Entre a noite de 22 de abril e nas primeiras horas da manhã de 23 de abril, a chuva de meteoros Líridas atingirá seu pico com condições do céu quase perfeitas para assisti-lo. O melhor horário para observá-las será nas primeiras horas da madrugada, pois a Lua crescente irá se pôr cedo na noite anterior, escurecendo os céus de modo que até as estrelas cadentes mais fracas fiquem visíveis. Longe das luzes, será possível enxergar até 20 estrelas por hora.

O nome “Líridas” se deve à chuva próxima à estrela Vega e sua constelação de Lyra. As Líridas podem produzir riscos luminosos e rápidos no céu noturno, com explosões de atividade em algumas ocasiões.

17 de maio: encontro de Lua, Marte e Vênus

Logo após o pôr do sol, Lua, Marte e Vênus terão um encontro incrível! O trio ficará próximo no céu, organizados na forma de arco. No dia seguinte, a Lua crescente desliza entre Vênus e Marte. Binóculos revelarão também as estrelas Castor e Pollux, da constelação de Gêmeos. Uma aparição semelhante desses corpos celestes acontece nos dias 21 e 22 de junho.

12 e 13 de agosto: chuva de meteoros Perseidas

As Perseidas produzem até 60 estrelas cadentes por hora. Todo ano, em agosto, a Terra atravessa uma nuvem de pequenos detritos de cometas, produzindo inúmeras estrelas cadentes. Em 2023, a visão deve ser privilegiada, com o pico da chuva na noite de 12 de agosto e antes do amanhecer, coincidindo com o brilho da Lua crescente.

14 de outubro: eclipse solar anel de fogo

Ao longo de uma faixa estreita que atravessa as Américas, será possível observar um eclipse solar de anel de fogo. A trajetória irá de Oregon até Nevada, Utah, Novo México e Texas (EUA), cruzará o Golfo do México e depois chegará à América Central, Colômbia e Brasil. O eclipse começa em Oregon, às 9h13, no fuso horário do Pacífico, e termina ao pôr do Sol no Brasil. Para quem não estiver na faixa do anel de fogo, talvez ainda seja possível assistir ao eclipse solar parcial.

13 e 14 de dezembro: chuva de meteoros Geminídeas

Até 120 meteoros por hora devem ficar visíveis na anual chuva de meteoros Geminídeos, de 13 a 14 de dezembro. A Lua quase nova estará totalmente fora do céu noturno, tornando mais fácil ver as estrelas cadentes. Os Geminídeos costumam deixar traços de um ou dois segundos, um pouco mais do que outras chuvas de meteoros. O radiante da chuva –  provável ponto de origem dos meteoros – é a constelação de Gêmeos, que se eleva acima do horizonte a leste após as 21h, no horário local de qualquer lugar do mundo.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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