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Astrônomos detectam sinais inéditos de um OVNI na Via Láctea

Cientistas acreditam que o objeto em questão seja uma estrela de nêutrons com campo magnético extremamente forte - algo que, até então, só existia na teoria

Via Láctea - sinais de rádio

Imagem: Hans/Pixabay/Reprodução

Uma equipe de pesquisadores liderada estava analisando dados do radiotelescópio Murchison Widefield Array (MWA), localizado na Austrália, quando notou algo inédito na Via Láctea. Há 4 mil anos-luz de distância da Terra, havia um objeto não identificado emitindo ondas de rádio. 

O objeto parece pulsar a cada 18,18 minutos. Pelo que os astrônomos observaram, ele é menor que o Sol e muito brilhante. Se você está pensando em extraterrestres, aí vai uma má notícia: os cientistas já constataram que os sinais emitidos têm origem natural. 

As observações foram feitas em 2020, quando a equipe de pesquisadores estava estudando dados referentes a 2018. O objeto, chamado GLEAM-X J162759.5-523504.3, parece ter pulsado 71 vezes no mesmo ponto do céu entre janeiro e março do ano em questão, e depois ficou inativo. O estudo completo foi publicado na revista científica Nature.

Objetos que “ligam” e “desligam” como este são chamados por astrônomos de transientes. Porém, os eventos gerados por eles costumam ser muito rápidos, mandando sinais com diferença de milissegundos, ou então possuem pulsos longos demais, que duram dias. O comportamento recém relatado de minutos é inédito. 

Os pesquisadores acreditam que se trate de um magnetar de período longo – uma estrela de nêutrons com um campo magnético extremamente forte. Até então, esse tipo de objeto só existia na teoria, mas todos os detalhes observados pelos pesquisadores batem com sua descrição. 

Confirmar a existência do magnetar, por outro lado, não será tarefa fácil. Isso porque o objeto não está mais ativo, o que dificulta seu estudo. O que os cientistas pretendem fazer agora é buscar por sinais semelhantes na Via Láctea, com o objetivo de realizar comparações.

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