Os ataques hackers custaram em média ao Brasil R$ 6,2 milhões somente em 2023, mostrou um relatório divulgado nesta semana pela IBM. Segundo o levantamento, isso representa uma queda de 4% em comparação com 2022.
Os setores com o maior custo de violação de dados no Brasil foram, por exemplo, os de Saúde (R$ 10,58 milhões), Serviços (R$ 8,07 milhões) e Tecnologia (R$ 7,86 milhões).
Entretanto, a situação do Brasil vai na contramão do resto da América Latina, que atingiu recorde histórico no relatório. A região teve um aumento de 18% no custo médio de violações de dados em relação ao ano passado.
“À medida que os ciberataques continuam a aumentar em frequência e complexidade, o tempo se tornou a nova moeda em cibersegurança e que pode ser muito impactada com a implantação da IA e da automação”, afirmou Fernando Carbone, do braço IBM Security Services Partner.
Papel da Inteligência Artificial
Segundo a IBM, a IA (Inteligência Artificial) e a automação tiveram o maior impacto na velocidade de identificação e contenção de violações nas organizações estudadas.
No Brasil, as organizações com uso extensivo de IA e automação experimentaram um ciclo de violação de dados que foi 68 dias mais curto. Na prática, essas empresas viram, em média, quase R$ 3,41 milhões de custos de violação de dados mais baixos.
A má notícia é que apenas 23% das empresas estudadas no Brasil estão usando extensivamente segurança impulsionada por IA e automação. Este é um índice 17% menor do que a média global.
No país, 42% das violações de dados estudadas resultaram na perda de dados abrangendo diversos tipos de ambientes. De acordo com a IBM, isso indica que os atacantes foram capazes de comprometer vários ambientes enquanto evitaram a detecção.
Novo Centro de Operações de Segurança
Com custos de violação de dados continuando a subir em toda a América Latina, a IBM anunciou a abertura oficial de um novo SOC (Centro de Operações de Segurança) no Brasil.
Este novo SOC irá alavancar as capacidades globais de gerenciamento de ameaças da IBM para fornecer serviços proativos de detecção de ameaças. Além disso, o modelo SOC da IBM aproveita IA, aprendizado de máquina e automação para ajudar os clientes a identificar e conter brechas.
“Há uma necessidade urgente de detectar proativamente e responder a incidentes de segurança cibernética para lidar com o cenário de ameaças em evolução”, afirma Rinaldo Ribeiro, Líder de Serviços da IBM Security no Brasil.