Auto reparo, dobráveis e mais: as tendências em celulares do MWC 2023
O MWC (Mobile World Congress) 2023 terminou nesta quinta-feira (2) e deixou tendências que devem dar o tom do mercado de celulares deste ano.
A mega feira, que neste ano aconteceu em Barcelona, mostrou um amplo interesse pelo auto reparo de dispositivos, carregadores super-rápidos e sensores de câmera ainda maiores. Falaremos mais sobre cada um desses destaques abaixo.
Auto reparo
A tendência veio forte com a HMD e seu Nokia G22 no MWC, mas não é exatamente algo novo. A Samsung, Google e Apple já anunciaram que vão vender peças para ajudar no conserto de seus smartphones.
A HMD, por sua vez, anunciou a parceria com a iFixit para vender peças de reposição por cinco anos depois do lançamento dos modelos de celular. A companhia também vai liberar informações online para reparos comuns, como substituição de tela quebrada, porta de carregamento com falhas ou problemas na bateria.
O mais interessante da parceria é que a HMD buscou a iFixit para ajudar a tornar o design do Nokia G22 mais fácil de reparar. De modo geral, substituir a bateria do G22, por exemplo, leva apenas 19 passos. Para fazer o mesmo com um Google Pixel 7 Pro, é preciso 27 etapas, enquanto o Samsung Galaxy S22 Ultra demanda 60.
Sensores de câmera maiores
Os destaques da feira nesse quesito foram o Galaxy S23 da Samsung e o 13 Pro, da Xiaomi. Ambos têm sensores de câmera maiores, o que possibilita pixels maiores e, por consequência, que a lente melhore a captura de luz.
Outra diferença é a profundidade de campo: com sensores maiores, a profundidade de campo diminui, o que torna mais fácil obter fundos desfocados naturais – efeitos supervalorizados nas redes sociais.
Carregamento rápido
A Realme anunciou que seu último smartphone, o Realme GT3, é compatível com o carregamento rápido de nada menos que 240 watts. Com essa potência, é possível carregar 100% de uma bateria de 4.600 mAh em nove minutos e meio.
É uma marca realmente impressionante, ainda mais quando comparado com líderes do mercado como a Apple. Mesmo os principais iPhones têm carregamento de no máximo 20 a 30 watts. Essa diferença fica ainda mais gritante quando se compara a vida útil da bateria.
O Realme afirma que o aparelho e a tecnologia de carregamento SuperVOOC protegem totalmente a integridade da carga e mesmo depois de 1,6 mil ciclos, a bateria continuará com 80% da carga.
Em uma conta simples, se o usuário colocar o smartphone para carregar uma vez ao dia, ele terá uma vida útil de mais de quatro anos. O suporte da Apple, por outro lado, diz que as baterias detém 80% da carga por apenas 500 ciclos de carregamento.
Os dobráveis ganham força
A Samsung lança dispositivos Z Fold e Z Flip há anos, mas fora da China – onde os dobráveis são mais populares – a concorrência costuma ser relativamente baixa. Ou era, até agora.
Durante o MWC 2023, ficou claro que os dobráveis já entraram para a lista de tendências. Marcas como Oppo e Honor fizeram os lançamentos internacionais de seus modelos. Já a OnePlus anunciou que pretende lançar um modelo próprio no segundo semestre do ano.
Ainda que essas marcas demorem a emplacar aos EUA — e, por tabela, ao Brasil –, é um indício forte de que a tendência – e o mercado – desses modelos está esquentando.