Dor de cabeça, fraqueza, enjoo, náusea e aquele gosto de cabo de guarda-chuva na boca? A gente entende: é quarta-feira de cinzas. Esses são os sintomas típicos de quem passou dos limites na bebedeira.
Esse desajuste é a resposta do corpo para alertar que algo não vai bem. Quando há uma intoxicação por álcool, o organismo fica desidratado e aumenta a atividade do fígado. O objetivo é eliminar o excesso de moléculas de etanol que foram espalhadas por todo o corpo via corrente sanguínea.
Isso porque essas moléculas são extremamente solúveis em água, o que facilita sua transmissão por todo o corpo – em especial no cérebro. “O álcool é diurético”, explicou Camila Lima, nutricionista e professora do Centro Universitário de Brasília (CEUB).
“Por isso, quando a pessoa o ingere faz muito xixi, fica rapidamente desidratada e aumenta a concentração de álcool no sangue. Assim, é importante beber um copo de água para cada copo de bebida alcoólica, para evitar os sintomas da ressaca”.
Apesar de não existir uma “receita de bolo” para a cura rápida dos efeitos da ressaca, tomar alguns cuidados pode ajudar, como ficar em repouso e caprichar na hidratação. Veja alguns deles:
- Fique em repouso
- Tome muita água e sucos de frutas, para recuperar da desidratação
- Prefira alimentos mais leves, como frutas e verduras (brócolis e bacana, em especial)
- Aposte em um café bem forte
- Evite o uso de anti-inflamatórios (pode irritar ainda mais a mucosa do estômago)
- Não tome paracetamol (pode dar toxicidade no fígado)
A última dica, e mais óbvia delas, é moderar o consumo de álcool. Se não estiver afim de evitar completamente, se prepare antes de entortar o caneco. Estar com o estômago cheio e tomar bastante água entre uma cervejinha e outra podem ajudar a manter o equilíbrio.