Brasil perde o título de “iPhone mais caro do universo”; veja quem passou
País europeu superou o Brasil no preço do iPhone 14. Os motivos? Inflação galopante e desvalorização da moeda
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O Brasil perdeu o posto de país com o iPhone mais caro do planeta — e , por que não, do universo todo. Quem assumiu o primeiro lugar foi a Turquia, onde um iPhone 14 de 128 GB é vendido por mais de R$ 8,7 mil – quase R$ 1 mil a mais que no Brasil. A pesquisa é do site japonês Nukeni.
A Turquia tem os maiores preços em todos os modelos do smartphone lançados pela Apple na última quarta-feira (7). Um iPhone 14 Pro Max de 1 TB de armazenamento, o topo da linha, ultrapassa os R$ 16 mil.
Já o Brasil, apesar de deixar a liderança, continua no pódio: o smartphone ainda é o segundo mais caro entre todos os países. Por aqui, a versão mais simples do iPhone 14 custa, no mínimo, R$ 7,6 mil, enquanto a mais cara (Pro Max) chega a R$ 15,5 mil.
Os países mais baratos para comprar iPhone são os EUA e Japão, onde um iPhone 14 é vendido por R$ 4,2 mil e R$ 4,3 mil, respectivamente. Já um iPhone 14 Pro Max de 1 TB sai R$ 8,2 mil, nos EUA, e R$ 8,6 mil, no Japão – quase a metade do preço na Turquia.
Além da Turquia e Brasil, os países onde o iPhone está mais caro são Índia, Hungria e Polônia. Nações europeias também não ficam para trás: Suécia, Noruega e Dinamarca agregam uma ampla gama de impostos ao valor final, que encarecem os smartphones para o consumidor.
O site Nukeni atualiza o ranking anual do preço do iPhone com base nos dados da Apple de cada país. Os preços variam conforme a moeda local e impostos. Veja a comparação dos preços aqui.
Por que o iPhone está mais caro na Turquia?
A Turquia enfrenta uma crise econômica há anos, mas que se aprofundou desde a pandemia. Neste mês, a inflação ultrapassou 80% pela primeira vez em 24 anos. Por lá, o governo determinou ações para reduzir as taxas de juros, o que fez com que a inflação aumentasse.
Agora, as autoridades do país dizem que estão buscando um novo modelo econômico e insistem que a inflação vai cair até dezembro. No ano passado, a Apple chegou a suspender as vendas de produtos na Turquia por causa da desvalorização da lira.
A moeda turca perdeu 15% do valor em relação ao dólar em questão de horas. Ao retomar as vendas, a empresa aumentou o preço dos eletrônicos e assinaturas da App Store em 25%.
Além da Turquia, a Apple também aumentou seus preços na Europa e no Brasil. No Reino Unido, por exemplo, um iPhone SE de terceira geração passou de 419 libras para 449 libras – quase R$ 2,7 mil no câmbio atual. Por aqui, o reajuste feito em agosto ampliou os preços de 2% a 7%.
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