Ciência

NASA está preocupada que bilionário “mate” o telescópio Hubble

Hubble, que não recebe serviços de manutenção por astronautas da NASA há 15 anos, tem enfrentado problemas técnicos
Imagem: ESA/Reprodução

A NASA está se deparando com um dilema moderno: aceitar ou não a oferta de um bilionário (e turista espacial) para consertar o Telescópio Espacial Hubble. A agência espacial está preocupada que ele pode vir a danificar o famigerado instrumento astronômico.

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Jared Isaacman, que já realizou uma viagem ao redor da Terra a bordo de uma nave Crew Dragon da SpaceX, propôs financiar uma missão de manutenção para o telescópio que orbita a Terra desde 1990.

O Hubble, que não recebe serviços de manutenção por astronautas há 15 anos, vem enfrentado problemas técnicos que interrompem suas atividades científicas. A proposta de Isaacman surge como uma economia significativa para a agência espacial, mas também traz desafios legais e de aquisição para a NASA.

Especialistas aposentados da operação do Hubble, como Keith Kalinowski, expressaram preocupações, chamando o plano de “desnecessário e arriscado”, segundo reportagem da NPR.

Desconfiança da NASA

Astronautas que trabalharam em reparos anteriores do Hubble, como John Grunsfeld e Scott “Scooter” Altman, refletiram sobre a pressão e o alívio de não serem “a tripulação que matou o Telescópio Espacial Hubble”. Isso porque, mesmo com todo o treinamento prévio da NASA, ainda havia um alto risco de alguma coisa dar errado.

A situação atual destaca um choque entre a tecnologia de décadas atrás — que revolucionou a astronomia — e a exploração espacial de ponta. Isso também evidencia a tensão entre a agência espacial e a indústria espacial privada em crescimento.

A questão levanta ainda um debate mais amplo sobre a colaboração entre agências governamentais e entidades privadas no novo cenário espacial, além do próprio futuro do v̶e̶l̶h̶o̶  telescópio espacial.

Falhas no Hubble

Lançado pela NASA em 1990, o Hubble revolucionou a compreensão humana do universo, fornecendo imagens com nitidez sem precedentes e dados cruciais para a astrofísica. Ao longo de mais de três décadas, o Hubble permitiu a observação de fenômenos e estruturas cósmicas até então desconhecidas, gerando novas descobertas.

Porém, a sua longa missão já dá sinais de velhice. Em dezembro do ano passado, por exemplo, um novo problema no Hubble fez a NASA colocar o equipamento em modo de segurança. De acordo com a agência, um problema contínuo com o giroscópio foi identificado pelos engenheiros espaciais. Assim, enquanto esteve no modo de segurança, as operações científicas foram suspensas e o telescópio aguardou novas direções vindas do solo.

Apesar do lançamento de telescópios mais modernos, como o James Webb, a expectativa da NASA é de que o telescópio continue a trabalhar até (pelo menos) 30 de junho de 2026.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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