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Brasil receberá antiviral contra a varíola dos macacos, afirma Ministro da Saúde

Medicamento desenvolvido para varíola comum também se mostrou promissor contra a doença, reduzindo o tempo em que pacientes com a infecção são capazes de disseminar o vírus

Imagem microscópica mostra vírus causador de varíola dos macacos (vermelho) em células infectadas (azul).

Na manhã desta segunda-feira (1), o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou em seu Twitter que o Brasil vai receber um antiviral para combater o surto nacional de varíola dos macacos. A chegada do remédio foi intermediada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O medicamento em questão é o tecovirimat, inicialmente desenvolvido para a varíola comum. Em estudo publicado na revista The Lancet Infectious Diseases, o remédio se mostrou promissor no alívio de sintomas. Além disso, o tecovirimat parece reduzir o tempo em que pacientes com a infecção são capazes de disseminar o vírus. 

De acordo com Queiroga, casos mais graves serão contemplados em um primeiro momento, embora os grupos considerados de risco não tenham sido especificados. Também não há informações sobre quando o remédio chegará ao país e nem mesmo a quantidade de doses que serão importadas.

O Brasil foi a primeira nação fora do continente africano a confirmar uma morte por monkeypox em 2022. Agora, o país soma mais de 1.300 casos da doença, e a alta disseminação do vírus é considerada preocupante pela OMS.

Situação de emergência em Nova York 

A governadora do estado de Nova York, Kathy Hochul, declarou na última sexta-feira (29) estado de emergência devido ao aumento de casos da varíola dos macacos. O mesmo foi feito no sábado (30) pelo prefeito da cidade de Nova York, Eric Adams. 

Até o fim da última semana, o estado americano havia registrado mais de 1.380 casos da doença. Com a declaração, mais profissionais poderão aplicar a vacina contra a varíola dos macacos, como funcionários do Serviço Médico Emergencial (EMS, sigla em inglês), farmacêuticos e parteiras. 

Dessa forma, a medida permite que o estado responda mais rapidamente a doença, evitando a propagação do vírus. O estado de emergência deve vigorar até 28 de agosto.

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