Ciência

Brasileiro descobre manuscrito mais antigo sobre a infância de Jesus

O documento foi escrito em grego, confirmando as suposições de pesquisadores sobre a linguagem original do evangelho
Imagem: Universitätsbibliothek Hamburg/Reprodução

O pesquisador brasileiro Gabriel Nocchi Macedo foi um dos responsáveis por descobrir e decifrar o manuscrito mais antigo sobre a infância de Jesus. 

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Por décadas, um papiro estava largado em uma biblioteca da universidade de Hamburgo, na Alemanha, sem que ninguém percebesse a sua importância histórica.

Os papirologistas Lajos Berkes, da Universidade de Humboldt, em Berlin, e o brasileiro Gabriel Nocchi Macedo, da Universidade de Liège, na Bélgica, estudaram o manuscrito e identificaram ser a cópia mais antiga do “Evangelho Pseudo-Tomé”.

pesquisador brasileiro descobre papiro sobre infância de Jesus

O pesquisador brasileiro Gabriel Nocchi Macedo. Imagem: Uliege/Divulgação

Gabriel Nocchi Macedo é de Porto Alegre, mas mora na Bélgica há 20 anos. Especialista em papirologia, a ciência que estuda os papiros, o brasileiro é professor de papirologia grega e latina do Departamento de Ciências da Antiguidade, da Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade de Liège.

Descoberta histórica

O pesquisador brasileiro descobriu que o manuscrito relata a infância de Jesus e data do século V, traduzindo um conteúdo que não está na Bíblia, segundo uma nota publicada na quarta-feira (12), pela universidade de Humboldt.

A tradução feita por Lajos Berkes e Gabriel Macedo é uma “descoberta significativa para o campo da pesquisa”. Antes desse papiro, cientistas acreditavam que a versão mais antiga do “Evangelho Pseudo-Tomé” era um códice do século XI.

De acordo com o brasileiro, o papiro descreve um milagre de Jesus durante a infância, que foi dar vida a pássaros de argila. O documento foi escrito em grego, confirmando as suposições de pesquisadores sobre a linguagem original do evangelho.

Papiro com manuscrito mais antigo sobre infância de Jesus

Imagem: Universitätsbibliothek Hamburg/Divulgação

Berkes e Macedo usaram tecnologias recentes para decifrar o idioma do texto no papiro e, posteriormente, compararam com outros textos cristãos do mesmo período. Ao decifrar letra por letra, os pesquisadores perceberam que o documento não se tratava de um registro qualquer.

Além disso, eles acreditam que o “Evangelho Pseudo-Tomé” foi criado como um exercício de escrita de uma escola ou monastério, o que, segundo eles, explica a caligrafia “desajeitada e as linhas irregulares”.

 

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