Ciência

Buraco negro é flagrado “devorando” estrela parecida com o Sol

Estrela está a 500 milhões de anos-luz da Terra, e perder o equivalente a três vezes a massa da Terra cada vez que passa pelo buraco negro
Imagem: Instituto Neils Bohr/Daniele Malesani/Divulgação

Cientistas observaram uma estrela do tamanho do Sol sendo engolida por um buraco negro. A Swift J0230 chamou atenção dos astrônomos por emitir flashes de luz que pareciam surgir enquanto seu material era sugado por um buraco negro.

A estrela é uma anã branca e está localizada 500 milhões de anos-luz da Terra. De acordo com o Observatório Neil Gehrels Swift, a estrela está perdendo três vezes a massa da Terra a cada vez que passa pelo buraco negro.

Conhecido como evento de perturbação de marés, esse fenômeno é caracterizado pelos casos em que uma estrela se aproxima demais de um buraco negro supermassivo e acaba sendo destruída por sua força gravitacional. Assim, sofrendo o efeito de alongamento e compressão que os astrônomos chamam de “espaguetificação”.

A descoberta mostra pela primeira vez um estrela do tamanho do Sol sendo devorada, além de demonstrar como pequenos buracos negros ter um grande apetite mesmo com estrelas massivas.

“O que é mais provável que aconteça é que a órbita da estrela decairá gradualmente e ela se aproximará cada vez mais do buraco negro supermassivo até chegar perto o suficiente para ser completamente interrompida”, disse à Reuters o astrofísico Rob Eyles-Ferris, da Universidade de Leicester, na Inglaterra.

O que são buracos negros?

Um buraco negro é uma região do espaço com um campo gravitacional tão intenso que nem mesmo a luz consegue escapar de dentro dele. A intensa gravidade comprime a matéria até que não haja mais espaço entre os átomos.

Corpos celestes dessa natureza podem surgir em decorrência da morte de estrelas supermassivas. Eles apresentam dimensões bastante variadas: os menores deles podem apresentar até mesmo o tamanho de um único átomo.

Os maiores, por sua vez, podem ter raios de poucos quilômetros e milhões de vezes a massa do Sol. Além disso, importante lembrar que eles não “sugam” tudo que está a sua volta. No entanto, o seu campo gravitacional pode prender estrelas e planetas longínquos em órbitas espirais.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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