Caçador ilegal de rinoceronte morre pisoteado por elefante e é devorado por leões

O homem caçava rinocerontes no Parque Nacional Kruger, na África do Sul, uma área protegida, quando foi morto pelo elefante, com leões terminando o serviço

Um homem suspeito de ter entrado no Parque Nacional Kruger, na África do Sul, perto da fronteira com Moçambique, na semana passada, com quatro compatriotas para caçar rinocerontes protegidos foi supostamente morto por um elefante antes de virar refeição para um grupo de leões, de acordo com uma reportagem do Letaba Herald, posteriormente confirmado por outros veículos.

O porta-voz Isaac Phaahla disse ao jornal que, “de acordo com a família do falecido, eles foram chamados pelos cúmplices do homem que os notificaram que seu parente tinha sido morto por um elefante enquanto eles estavam no Parque Nacional Kruger para caçar um rinoceronte na noite de terça-feira (2).

Os guardas do Parque Nacional Kruger, juntamente com oficiais do Serviço de Polícia Sul-Africano de Komatipoort e Skukuza, encontraram os restos mortais na seção da Ponte do Crocodilo do parque, durante uma busca em 4 de abril, escreveu o Letaba Herald.

O Letaba Herald descreveu também que, depois de o homem ser repentinamente atacado pelo elefante, leões devoraram grande parte de seu corpo:

De acordo com Phaala, as indicações encontradas na cena sugeriram que um grupo de leões tinha devorado os restos, deixando apenas um crânio humano e um par de calças. A polícia de Skukuza foi notificada imediatamente e está atualmente ocupada com mais investigações sobre o incidente.

… “Entrar no Parque Nacional Kruger ilegalmente e a pé não é sensato, tem muitos perigos, e este incidente é prova disso. É muito triste ver as filhas do falecido de luto pela perda de seu pai, e, pior ainda, só poder recuperar muito pouco de seus restos mortais”, disse Glenn Phillips, diretor executivo do parque.

Segundo a CNN, três pessoas suspeitas de participar da caça ilegal foram presas na semana passada, o que resultou em apreensões de armas de fogo. Elas estão detidas sob a acusação de “posse de armas de fogo e munição sem licença, conspiração para caçar e invadir propriedade privada” e foram mantidas sob custódia até o pedido formal de fiança, escreveu a CNN.

O Parque Nacional Kruger, uma zona altamente protegida e vigiada por tudo, desde cães a aviões, diz ser o lar de cerca de 349 a 465 rinocerontes-negros seriamente ameaçados de extinção, que, segundo aponta a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), costumavam contar entre as centenas de milhares de indivíduos. Acredita-se agora que o número seja de cerca de cinco mil, com quase todos vivendo em áreas protegidas em África do Sul, Namíbia, Zimbábue e Quênia. A CNN escreveu que o parque também diz abrigar entre 6,6 mil e 7,8 mil rinocerontes-brancos, que a Lista Vermelha da IUCN classifica como quase ameaçados e tem uma população de aproximadamente 19.600 a 21.100 indivíduos concentrados nos mesmos países (embora a subespécie do norte esteja à beira da extinção).

Tanto os rinocerontes-negros como os rinocerontes-brancos estão sujeitos à caça ilegal por seus chifres, que são vendidos no mercado negro internacional tanto como espécie de medicina alternativa quanto como símbolo de status. De acordo com a CNN, o Serviço de Polícia da África do Sul fez 680 prisões por caça ilegal e tráfico em 2016, das quais 417 foram “dentro e ao redor” do Parque Nacional Kruger. Como a BBC observou, as autoridades de Hong Kong recentemente fizeram sua maior apreensão do tipo em meia década, confiscando aproximadamente US$ 2,1 milhões em chifres de rinoceronte.

[Letaba Herald/CNN]

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