A Netflix está trazendo mais histórias da vida real para nossas telas! Agora é a vez de conhecer Ruby, uma vira-lata travessa que acabou por ser uma menina muito boa. Uma menina tão boa, na verdade, que salvou uma vida e ganhou um filme no serviço de streaming, que ganhou o nome de “O Resgate de Ruby”.
Ruby, uma mistura de pastor australiano e border collie, que acabou em um abrigo de animais de Rhode Island quando filhote por causa de problemas comportamentais persistentes. Cinco famílias a adotaram por sua vez, e todas a devolveram porque ela era uma cadela muito indisciplinada.
“Ela era uma idiota total”, disse a voluntária do abrigo e treinadora de cães Patrícia Inman, que interveio repetidamente para evitar que Ruby fosse sacrificada. “Ela pulou e mordeu a coleira. Ela não se sentava ou deitava. Ela simplesmente não parava de se mexer. Ela era especial e precisava de uma pessoa especial”, conta.
Depois de várias tentativas de encontrar um lar para ela, o filhote foi considerado inadotável e programado para ser sacrificado, mas a treinadora voluntária Pat Inman sentiu que o cão era inteligente, mesmo sob toda aquela agressividade, e esperava que atenção e disciplina especiais salvassem sua vida.
Então, Inman contatou a Polícia Estadual de Rhode Island que a ofereceu ao oficial Dan O’Neil. Para Dan, era sua melhor chance de conseguir o emprego dos sonhos. E foi assim que em 2011, com apenas 8 meses, a cadela começou a ser treinada. Com muita paciência e trabalho duro depois, o filhote amadureceu e se tornou um leal parceiro K-9.
Já em outubro de 2017, uma reviravolta incrível aconteceu: um adolescente se perdeu por 36 horas enquanto caminhava, e Ruby teve sucesso onde uma equipe de busca humana falhou – ela encontrou o menino, que estava inconsciente e em grave condição médica.
E para surpresa de todos, o jovem encontrado era o filho de Pat, a voluntária no abrigo de cães que salvou sua vida. Com isso, essa coincidência passou a ser denominada Godwink e os contos escritos nela foram chamados “Dogwink Ruby” e “Ruby: A Dogwink Story” por Squire Rushnell e Louise DuArt.
E mais uma reviravolta acontece: a história virou um filme na Netflix, onde Ruby é interpretada por um ator canino, Bear, outro ex-cão de abrigo que foi salvo pelos treinadores de cães do filme de ser sacrificado. A produção ganhou o nome de “Rescued By Ruby”, ou “O Resgate de Ruby” em português.
O oficial Dan O’Neil, que é interpretado no filme da Netflix pelo ator de “The Flash” Grant Gustin, disse em entrevista ao AP News que espera que as pessoas considerem adotar um cão de abrigo. “Se você lhes mostrar amor e compaixão e lhes der um certo tipo de estabilidade, eles mostraram suas verdadeiras cores”, disse ele.
Além de Grant Gustin, o elenco de “O Resgate de Ruby” traz Scott Wolf, Kaylah Zander, Camille Sullivan, Tom McBeath, Sharon Taylor, Eileen Pedde e Jude Culham-Keays. A direção é de Katt Shea, e o roteiro é assinado por Karen Janszen.
“O policial estadual Dan (Grant Gustin) sonha em se juntar à equipe de busca e resgate K-9, mas ninguém lhe dará a chance. A cadela do abrigo Ruby sonha em ter um lar, mas está ficando sem esperança. Quando o destino une Dan e Ruby, é seu vínculo inabalável que os ajuda a enfrentar o desafio mais difícil até agora”, diz a sinopse do longa divulgado pela Netflix.
Parceiros há 11 anos, O’Neil e Ruby se uniram em vários resgates bem-sucedidos na vida real e ajudaram a condenar dois assassinos com base em evidências que Ruby farejou. Eles também compartilharam alguns dias difíceis: em 2020, um motorista bêbado bateu em sua viatura. Ruby escapou ilesa; O’Neil quebrou cinco costelas.
Três anos atrás, ela fugiu perto de um parque estadual, levando a uma busca de 19 horas antes de aparecer sã e salva. Mais recentemente, depois que O’Neil a deixou sair para se aliviar, ela voltou com um gambá vivo se contorcendo – e espirrando – em suas mandíbulas.
“O Resgate de Ruby” estreia em 17 de março de 2022 no catálogo da Netflix.
Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem
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