Descarte inadequado de maconha está adoecendo cães nos EUA

Entidades de proteção aos animais dos EUA relataram aumento no número de cães intoxicados por maconha. Entenda os sintomas
Descarte inadequado de maconha está adoecendo cães nos EUA
Imagem: Tj Kolesnik/Unsplash/Reprodução

O uso recreativo da maconha é legalizado no estado de Nova York, nos Estados Unidos, desde  abril de 2021. O aumento no consumo tem gerado um efeito inesperado: cachorros intoxicados por maconha ao ingerir a substância por acidente. 

Durante passeios, os bichos acabam consumindo baseados, vapes e outros produtos a base de cannabis que são descartados indevidamente. Como consequência, acabam apresentando dificuldade para andar, náuseas, sonolência e até alucinações.

Segundo o jornal The New York Times, não foram apenas os veterinários nova-iorquinos que viram aumentar o número de cães dopados nos consultórios. Nos últimos seis anos, houve um aumento de mais de 400% nas ligações sobre envenenamento por maconha para o Pet Poison Helpline – um centro de controle de intoxicação animal 24 horas. A maior parte dos casos ocorreu em NY e na Califórnia.

Em 2022, a Sociedade Americana para Prevenção da Crueldade com Animais recebeu cerca 7 mil chamadas de intoxicação por maconha, um aumento de 11% em relação ao ano anterior. 

Principais sintomas

Não há testes que comprovem o envenenamento do animal. Na verdade, o que os tutores devem fazer é se atentar a sinais como desequilíbrio e sonolência. Dilatação da pupila e agonia ao toque também estão entre os sintomas. 

Os cães costumam se recuperar poucas horas após a ingestão da maconha, mas isso não torna a ida ao veterinário desnecessária. Os sinais vitais do animal como temperatura corporal e frequência cardíaca podem despencar em algum momento, o que coloca o peludo em risco. 

Quanto mais rápido o cachorro for levado ao veterinário, antes ele terá a toxina removida de seu corpo, seja pela indução do vômito ou lavagem intestinal. Vale, porém, o apelo aos pais de pet: fique atento àquilo que seus parceiros consomem nos lixos rua afora. 

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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