Ciência

Café, cacau e leite: Nestlé e SENAI lançam edital para inovações sustentáveis

A empresa já tinha assumido o compromisso de reduzir as emissões de metano na produção de leite junto a outras seis gigantes do setor. Saiba mais dos projetos
Imagem: Bárbara Giovani/Giz Brasil

Nas últimas semanas, a Nestlé divulgou duas iniciativas que indicam a busca por uma produção sustentável. Terça-feira (5), a empresa assumiu o compromisso de reduzir as emissões de metano na produção de leite junto a outras seis gigantes do setor. O anúncio aconteceu durante a COP 28.

Já hoje (7), o braço brasileiro da Nestlé lançou um edital em parceria com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em busca de projetos que impulsionam soluções para três dos principais desafios de sustentabilidade da empresa: energias renováveis, circularidade e agricultura regenerativa.

“O SENAI nos ajuda com o networking gigante que tem pelo Brasil inteiro para acelerar esse processo”, afirmou Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil, na apresentação da parceria.

“Passamos a ser reconhecidos pela indústria para ajudar empresas a serem mais competitivas e a terem, no Brasil, suas plenitudes e potencialidades”, disse Gustavo Leal, diretor geral do SENAI.

Entenda o contexto

Segundo Marco Guimarães, Vice Presidente da Divisão Técnica da Nestlé, a empresa tomou 2018 como um ponto de partida para diversos compromissos. Hoje, eles têm a meta de reciclar 100% tudo o que colocam no mercado até 2025.

Além disso, também pretendem reduzir um terço do plástico virgem que utilizam em produtos e diminuir a emissão de gases de efeito estufa em 20% até o mesmo período.

Embora reconheçam as frentes que esses desafios abarcam – circularidade, energia renovável e agricultura regenerativa -, a empresa alega que o maior esforço está nas plantações.

“Dois terços da missão tão conectados à agricultura. A gente vai ter que mudar a forma como a gente produz nosso alimento. Precisa de uma agricultura regenerativa que devolva mais ao ambiente do que a gente tira”, afirmou Bárbara Sapunar, diretora de transformação de negócios da Nestlé.

Para as propostas focadas nos desafios de agricultura regenerativa, a Nestlé decidiu focar em três cadeias produtivas: a do cacau, do leite e do café. O convite ao SENAI para o edital em parceria é uma maneira de acelerar o processo ao unir diversos cérebros com o mesmo objetivo.

Sobre o edital

A iniciativa “Inovação em alimentos: Transformando o futuro do sistema alimentar” conta com um aporte de R$6,25 milhões, dos quais R$5 milhões são investidos pela Nestlé Brasil e R$1,25 milhão pelo SENAI.

Apesar da parceria entre as duas instituições, as propostas são abertas a diferentes públicos. Por exemplo, estão aptos a enviar projetos Institutos de Ciência e Tecnologia, agências de fomento, universidades, startups e até mesmo outras grandes empresas. Além dos próprios institutos do SENAI.

Na divulgação do edital, as entidades pediram foco em propostas que apresentem soluções para aumentar e monitorar o reflorestamento na cadeia de produção do leite, além de maneiras de reduzir a pegada de carbono da cadeia de cacau. 

Também é prioridade monitorar as práticas agrícolas na cadeia de café, com objetivo de tornar seu plantio regenerativo. As propostas podem ser enviadas do dia 8 de janeiro até o dia 4 de abril de 2024. Os selecionados sairão em 29 de maio. Em caso de dúvidas, é possível visitar o site do edital aqui.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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