Cientistas preveem o óbvio: as pessoas vão transar dentro dos carros autônomos

Se tem uma coisa em que podemos contar com os humanos é encontrar novas maneiras de usar uma nova tecnologia para algo sexual. E, segundo um novo estudo, os carros autônomos vão empolgar as pessoas. • Uber quer retomar programa de carros autônomos na Pensilvânia • Carros autônomos não sabem escolher quem matar em situações extremas, mas […]
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Se tem uma coisa em que podemos contar com os humanos é encontrar novas maneiras de usar uma nova tecnologia para algo sexual. E, segundo um novo estudo, os carros autônomos vão empolgar as pessoas.

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• Uber quer retomar programa de carros autônomos na Pensilvânia
• Carros autônomos não sabem escolher quem matar em situações extremas, mas as pessoas têm várias opiniões

Pesquisadores do Reino Unido acabam de publicar um artigo no periódico Annals of Tourism Research que detalha como os carros autônomos podem afetar o turismo urbano. Mas se você pular toda a parte chata do estudo, encontrará uma seção sobre como os veículos autônomos deverão impactar tanto o trabalho sexual quanto o sexo em geral.

“Um dos pontos iniciais foi que os veículos autônomos irá fornecer novas formas de competição para albergues e restaurantes. As pessoas irão dormir em seus veículos, o que tem implicações para estes estabelecimentos. E as pessoas podem estar comendo dentro de veículos que funcionam como cápsulas de restaurante”, disse Scott Cohen, vice-diretor de pesquisa da Escola de Hotelaria e Gestão de Turismo da Universidade de Surrey, no Reino Unido, e líder do estudo, em entrevista ao Fast Company. “Isso nos levou a pensar, além de dormir, quais outras coisas as pessoas farão em seus carros quando estiverem livres da tarefa de dirigir? E você pode ver isso na longa associação entre automóveis e sexo que é representada em basicamente todo filme sobre amadurecimento. Não é um salto grande.”

Os pesquisadores apontam no artigo que isso pode parecer que os “motéis” serão substituídos por carros autônomos. “Tais CAVs (connected and autonomous vehicles, ou veículos autônomos conectados, em tradução livre) privados também podem ser colocados em uso comercial, visto que é apenas um pequeno salto para imaginar o Distrito da Luz Vermelha de Amsterdã ‘sobre rodas'”, escrevem os pesquisadores.

“Particularmente em cidades em que existe regulamentação, em que a prostituição é legalizada e em que as regulações permitem que os veículos autônomos se desenvolvam depressa e estejam rapidamente nas estradas, poderíamos ver isso se unindo rapidamente”, Cohen contou ao Fast Company. “A Europa é um desses lugares. Não é impossível ou tão exagerado imaginar o distrito da luz vermelha sobre rodas. A prostituição não precisa ser legalizada para que isso aconteça. Várias atividades ilegais acontecem em carros.”

Evidentemente, isso levanta uma outra questão ética em torno de carros autônomos — e não uma questão sobre ser aceitável ou não transar em um carro.

Várias pessoas fazem isso há anos, e carros autônomos simplesmente tornarão a atividade mais conveniente. O que não está claro é se esses tipos de veículos fornecem segurança para trabalhadores do sexo — uma população já vulnerável à violência, especialmente em regiões em que o trabalho sexual não é descriminalizado. Surge também uma preocupação de vigilância para aqueles interessados em transar dentro de um carro autônomo que não seja seu (por exemplo, um Uber ou Lyft autônomo). Como apontam os pesquisadores no estudo, essas empresas provavelmente vão querer se certificar de que seus usuários não estejam transando em seus veículos — ou se envolvendo em qualquer atividade ilegal. Portanto, elas podem acabar os monitorando.

Existem várias questões éticas a se considerar em relação a carros autônomos, como, por exemplo, se confiamos neles, quem eles deveriam matar diante de um dilema sombrio, se eles podem acabar acirrando a eugenia e mais. Saber se as pessoas vão transar dentro deles ou não parece uma questão menor no momento e mais uma inevitabilidade. Se você puder confiar nessas máquinas, é claro. A menos que o medo te excite.

[Fast Company]

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