Catar: como estádios no meio do deserto foram resfriados para a Copa

Apesar de ser outono no Catar, termômetros podem chegar a 40° C. Veja como a tecnologia ajudará a climatizar os estádios
Catar: Como estádios no meio do deserto foram resfriados para a Copa
Imagem: Fifa/Reprodução

A Copa do Mundo de 2022 será realizada pela primeira vez na história entre os meses de novembro e dezembro — em vez de junho e julho, como acontecia tradicionalmente. O motivo dessa mudança é para evitar as altas temperaturas do Catar no meio do ano. Mesmo assim, os jogadores e torcedores ainda enfrentarão termômetros ultrapassando os 40º C.

Inicialmente, uma das propostas para resolver o problema era criar nuvens artificiais a partir do uso de drones. A ideia era construir drones gigantes feitos de carbono e que liberariam um composto de hélio para formar nuvens sobre os estágios – o que ajudaria a fazer sombra, refrescar o ambiente e filtrar os raios solares.

Porém, como o projeto foi considerado caro demais – em torno de US$ 500 mil – a ideia dos drones foi abandonada. Em vez disso, os estádios receberam inovações tecnológicas para reduzir o mormaço do Catar.

Em primeiro lugar, o teto dos estágios tem cores claras, para refletir com mais facilidade os raios solares. O formato dos tetos também foi pensado para ajudar a desviar o fluxo de ar quente que vem do mar do Golfo Pérsico. Além disso, o ângulo da cobertura também foi desenhado de forma que ela gere sombras que cobrem boa parte do campo e das arquibancadas.

No caso das cerca de 40 mil pessoas nas arquibancadas, cada torcedor também é uma fonte potencial de calor e umidade. Para amenizar isso, um sistema de ventilação foi instalado debaixo de cada assento para refrescar o ambiente com jatos de ar.

E, para os atletas em campo, um novo sistema de ar condicionado foi desenvolvido para lançar jatos de ar dentro do estádio, formando uma camada fria de 2 metros sobre o gramado e das arquibancadas. O ângulo desses jatos foi pensado para que eles não atinjam os jogadores diretamente.

Já o ar quente, ao subir, é retirado do ambiente por um sistema de sucção, para ser resfriado, filtrado e entregue novamente no estádio purificado.

Segundo a BBC, todo o sistema de resfriamento nos estádios é alimentado por uma usina solar recém-construída, localizada a 80 km do centro de Doha, a capital do Catar.

Hemerson Brandão

Hemerson Brandão

Hemerson é editor e repórter, escrevendo sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Grande entusiasta da astronomia, também é interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.

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