Catar terá de derrubar seus 50º para sediar a Copa do Mundo
E hoje saíram as duas sedes das Copas de 2018 e 2022. Surpreendentemente, o Catar foi eleito a primeira sede do Oriente Médio para 2022, colocando no mapa do futebol um país com pouca tradição no esporte, mas muito – muito mesmo – dinheiro para investir. E como uma nação com temperaturas que chegam a 50 graus ganha o direito de sediar uma Copa do Mundo? Com ar-condicionado por todos os estádios, é claro. É sério.
Os conceitos dos estádios foram criados pelo escritório de arquitetura alemão AS&P e, além de todos aqueles motivos regionais que as construções esportivas costumam ter (estádios em formato de barco típico de pescaria ou em desenho de concha, entre outras breguices), há um cuidado muito especial com a questão da temperatura. Como a Copa do Mundo acontece no meio do ano, a expectativa é que todo o torneio seja jogado num calor acima de 40 graus, podendo bater na casa dos 50º.
Mesmo com cobertura nos estádios e uso de árvores para criar sombras, os campos e arquibancadas se transformarão em churrasqueiras gigantescas. A solução, pelo visto, será encher os estádios de ar-condicionados verdes, por mais contraditório que isso possa parecer: a ideia é mover todo o sistema de refrigeração dos estádios com energia solar, coletada por enormes painéis. A proposta é tão grandiosa que envolve distribuir essa energia para os bairros próximos também, para salvar ainda mais energia. Isso deve esfriar a cabeça dos torcedores e jogadores (e seria bem-vindo na última Copa, não é mesmo Felipe Melo e Dunga?) e mostra que o dinheiro do petróleo do país será investido sem limites no maior evento esportivo da história do Oriente Médio. Para conferir mais imagens dos futuros estádios, clique ao lado. [CNN]