Que ter um bichinho de estimação faz bem para a saúde e afasta a solidão, disso os pais de pet estão carecas de saber. Mas um novo estudo feito por pesquisadores da Academia Americana de Neurologia sugere que o cérebro de que têm um pet também funciona melhor.
Os cientistas analisaram a relação entre cuidar de um animal e o declínio cognitivo de idosos. Para isso, utilizaram uma base de dados de 1.369 voluntários adultos na faixa dos 65 anos.
Os voluntários foram submetidos a testes cognitivos por seis anos. No início do estudo, todos estavam saudáveis. Dentro das pessoas analisadas, 53% eram tutores de pets, sendo que 37% deles criavam seu melhor amigo há cinco anos ou mais.
Ao final, os pesquisadores concluíram que pessoas que criavam cães ou gatos – principalmente aquelas que estavam com o bichinho por um longo período – apresentavam um menor declínio cognitivo. Em uma escala de 0 a 27, os pais de pet apresentavam uma pontuação média 1,2 pontos maior.
De acordo com o estudo, os principais beneficiários da companhia do pet foram adultos negros, homens e pessoas com educação universitária. Mais pesquisas devem ser feitas para explicar tais associações.
Há uma possível explicação por trás dos benefícios do pet para a saúde do cérebro. Os animais podem reduzir os níveis de estresse de seus tutores. Como o estresse pode afetar negativamente a função cognitiva, a companhia animal acabam resolvendo dois problemas em uma tacada só.
Além disso, os pets ajudam a aumentar a atividade física de humanos, já que requerem passeios e brincadeiras constantes. Tal ponto também pode ser benéfico para a saúde cognitiva.
O estudo ainda não foi publicado em uma revista científica. Ele deve ser apresentado a outros pesquisadores em abril, durante a 74ª Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia.