Cérebro transparente pode facilitar estudos e transformar a neurociência
Cientistas conseguiram renderizar o cérebro de forma transparente e isso pode mudar para sempre a neurociência.
Engenheiros químicos e neurocientistas da Universidade de Stanford desenvolveram a técnica que pode permitir uma análise do cérebro com muito mais detalhes do que é possível hoje. Michelle Freund, uma das pesquisadoras envolvidas no projeto, não deu muitos detalhes ao The Verge, mas disse que “isso é enorme”. Uau.
A análise do cérebro transparente pode tirar uma das barreiras das análises atuais. Como a nossa massa cinzenta tem muitos lipídios e moléculas de gordura para manter a sua estrutura, a luz não consegue permeá-la, dificultando uma visualização mais próxima de como ele funciona. Ao observar um cérebro transparente, os cientistas conseguem ver como circuitos neurais funcionam sem prejudicá-los.
O The Verge explica como funciona o CLARITY:
O Doutor Desseroth e seus colegas conseguiram o que, até hoje, era uma tarefa impossível: eles conseguiram remover os lipídios do cérebro sem destruir a estrutura de massa cinzenta. Para isso, a equipe injetou no cérebro uma solução em gel que expandiu a malha que apoia o tecido cerebral. Com o processo completo, os pesquisadores conseguiram extrair os lipídios do cérebro sem comprometer a integridade estrutural. O resultado? Um cérebro totalmente transparente cujos componentes permanecem disponíveis para análise.
Os cientistas podem usar a técnica, por exemplo, para estudar indivíduos afetados por doenças cerebrais para entender como as doenças se manifestam e como pode ser possível tratá-las e preveni-las. [The Verge]