Chamadas de vídeo e por voz, DMs com criptografia: o que Musk quer do Twitter

Em uma apresentação para funcionários com o título "Twitter 2.0", Musk sinalizou um caminhão de possíveis mudanças. Aqui está que se sabe até agora
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Imagem: Pixabay/Reprodução

Elon Musk chegou ao comando do Twitter com o pé na porta, demitindo funcionários, cobrando mais horas de trabalho e prometendo uma nova era da rede social. Para além das mudanças na política interna, o bilionário planeja também implementar novas ferramentas na rede do passarinho azul — que poderia aproximá-la de rivais como o Facebook e WhatsApp.

O site The Verge obteve com exclusividade um áudio de uma reunião com funcionários no QG do Twitter em São Francisco, nos EUA. Em uma apresentação com o título “Twitter 2.0”, Musk sinaliza um caminhão de possíveis mudanças. A lista de adições conta com recursos como chamadas de vídeo, ligações por vídeo e DMs criptografadas — o que implicaria uma maior segurança, já que as mensagens não poderiam ser lidas por quem está de fora da conversa.

A criptografia é comum em aplicativos de mensagens instantâneas como nosso querido WhatsApp ou seu rival Signal. De acordo com Musk, aliás, Moxie Marlinspike, o fundador do Signal e que já trabalhou no Twitter, seria um nome em potencial para auxiliar na implementação do recurso. O bilionário sul-africano disse ter contatado Marlinspike, que “se mostrou possivelmente inclinado a ajudar”.

Pensando em ficar longe de polêmicas quanto ao uso indevido de dados e a “espionagem” de mensagens de caráter pessoal, Musk disse, durante a reunião, que, idealmente, não gostaria de “ter acesso às DMs de um usuário, ainda que alguém estivesse apontando uma arma para a sua cabeça”.

A preocupação tem uma razão de ser. Um ex-funcionário do Twitter foi acusado em 2022 em ceder informações de usuários ao governo da Arábia Saudita, por um montante de US$ 300 mil.

O desejo em guardar a menor quantidade de dados de usuários possível apareceu também na fala sobre as chamadas por voz. A ideia é que o recurso exista sem que o Twitter precise saber qual é o número de celular de quem usa.

Não se sabe ao certo se esses recursos ficariam disponíveis para todos os usuários, ou se apenas para os assinantes do Twitter Blue — pacote premium, que, segundo especulações iniciais, poderia custar US$ 8 e garantir acesso a um maior número de funcionalidades.

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Guilherme Eler

Guilherme Eler

Editor-assistente do Giz Brasil, são-carlense e vascaíno. Passou pelas redações de Superinteressante, Guia do Estudante e Nexo Jornal.

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