Com um aumento no ritmo dos lançamentos de foguetes nos próximos anos, a chance de que a queda de detritos espaciais possa tirar a vida humanos vai crescer 10% na próxima década. É o que dizem pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, em um estudo publicado na revista científica Nature Astronomy.
Eles calcularam a probabilidade de pessoas serem mortas por esses objetos que voltam à terra após sua missão ser cumprida. Eles consideraram fatores como o número atual de lançamentos de foguetes e quanto esse número deve aumentar na próxima década. Entraram na conta, também, os locais onde os detritos costumam despencar na Terra.
Ficou constatado que a maior parte dos detritos cai no oceano — por cobrir a maior parte do planeta. Mas, com o aumento dos lançamentos, eles devem passar a cair mais em áreas povoadas. Existe mais risco para determinadas regiões do planeta, como Indonésia, México e Nigéria.
Até hoje, nenhuma pessoa foi morta em decorrência de volta desses objetos. Mas acredita-se que, em 1997, uma mulher foi atingida em um parque.
Os pesquisadores que assinam o artigo pontuam que as agências espaciais têm a capacidade de realizar descidas controladas de foguetes e suas partes, mas optam por não fazê-lo devido aos custos envolvidos. A tendência é que, num futuro com mais lançamento, isso acabe se tornando um problema — e exija planos mais “controlados”.