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ChatGPT é aposta da Microsoft para fazer você trocar o Google pelo Bing

Chatbot sabichão ainda tem espaço para melhorias, mas já está sendo usado para tornar a plataforma de buscas mais "humana"

ChatGPT é aposta da Microsoft para fazer você trocar o Google pelo Bing

Imagem: Marco Verch/Reprodução

A Microsoft recorreu à inteligência artificial do ChatGPT, novo chatbot ultra-responsivo, para aprimorar o mecanismo de buscas Bing. Fontes não identificadas disseram ao site norte-americano The Information que o lançamento do novo recurso acontecerá antes de março. A missão é melhorar o Bing para torná-lo mais competitivo com o Google.

Segundo a fonte, a Microsoft faz testes com o ChatGPT há meses e ainda avalia a precisão e a rapidez com que o chatbot responde às perguntas dos usuários. A versão beta tende a mirar em um grupo limitado nos primeiros meses de operação. 

A ideia é que, ao usar o bot, o Bing forneça respostas mais “humanas” às buscas dos usuários, em vez de apenas links para informações. A fonte disse que a Microsoft busca por “respostas mais conversacionais e com contexto”. 

Assim como o Google, o Bing já exibe informações relevantes no topo das consultas, mas fica atrás da concorrente ao mostrar conteúdos úteis sobre pessoas, locais e organizações, por exemplo. 

Nos últimos anos, a Microsoft investiu US$ 1 bilhão na OpenAI. A empresa já adicionou o modelo Dall-E-2, que cria imagens a partir de textos, ao Bing, e tem licença exclusiva para usar o gerador de texto GPT-3. 

O que é o ChatGPT 

O ChatGPT é um modelo de linguagem que produz suas respostas com base na previsão de texto – ou seja, o treinamento partiu de milhões de exemplos da escrita humana disponíveis online. 

Isso significa que pode emitir informações falsas e ilógicas, mas que parecem “verdadeiras” por causa dos efeitos de credibilidade transmitidos no texto. Por esse motivo, a adesão ao ChatGPT é alvo de discordâncias na comunidade tecnológica.

A big tech mantida pela Alphabet já anunciou que não lançará o bot tão cedo por “riscos de reputação”. Segundo o Google, o robô apresenta problemas de “viés e factualidade” e ainda não está pronto para substituir o mecanismo de buscas. 

Em dezembro, o engenheiro que criou o Gmail, Paul Buchheit, disse que o bot não demorará a “criar problemas” para o Google. Segundo ele, essa inteligência artificial tão avançada eliminará sua pesquisa – a principal fonte de receita da companhia. 

O próprio CEO da OpenAI, Sam Altman, alertou em dezembro que é um erro confiar no robô para “qualquer coisa importante no momento”. “É uma prévia do progresso; temos muito trabalho a fazer em termos de robustez e veracidade”, tuitou. 

Para acessar o ChatGPT, basta acessar o site da OpenAI e digitar um comando, ou prompt. Em seguida, a “conversa” começa. O público pode acessar a plataforma desde novembro. A Microsoft e OpenAI não responderam aos pedidos de comentário.

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