ChatGPT e outros chatbots ainda dão prejuízo para desenvolvedores

Chatbots, como o ChatGPT, se tornaram um dos principais investimentos das big techs, mas ainda não deram o retorno financeiro esperado
ChatGPT e outros chatbots ainda dão prejuízo para desenvolvedores
Imagem: Unsplash/Reprodução

Nos últimos meses, a IA (Inteligência Artificial) generativa se tornou um dos principais investimentos das big techs. Os chatbots, como o ChatGPT, da Open AI, e Bard AI, do Google, estão cada vez mais mais populares e impressionando o público com as possibilidades que a tecnologia está trazendo.

No entanto, as grandes empresas estão com problemas para continuar mantendo os sistemas no ar. Segundo artigo do Washington Post, os custos para sustentar os modelos de IA e permitir que eles sejam executados adequadamente são extremamente elevados. Por este motivo, as companhias ainda não liberaram as versões mais potentes de seus chatbots para o grande público.

O ChatGPT, que pode ser utilizado de graça, por exemplo, é alimentado com o GPT-3,5, uma versão que está bem longe do poder do GPT-4, — o modelo mais potente da empresa. 

A versão mais poderosa não está disponível para utilização na versão gratuita. Para ter acesso, os usuários precisam pagar uma mensalidade para ter o benefício. Porém, mesmo assim, têm um limite de envio de vinte e cinco mensagens em um período de 3 horas.

Um dos principais desafios enfrentados pelas empresas é a escassez de GPUs — as unidades de processamento gráfico –, essenciais para o funcionamento da tecnologia. O CEO da OpenAI, Sam Altman, por exemplo, chegou a afirmar em depoimento ao Senado americano que, por conta da baixa disponibilidade dos componentes, quanto menos pessoas utilizarem seus produtos, melhor será para a empresa.

As GPUs que alimentam os datacenters onde os prompts dos usuários são executados são produzidos pela Nvidia, que cobra um valor alto para fornecer os componentes. Elon Musk, que recentemente comprou 10 mil GPUs para um misterioso projeto de IA, brincou dizendo que conseguir unidades de processamento gráfico hoje em dia é mais difícil de que drogas.

Chatbots podem ganhar anúncios em breve

Além do custo de manter a infraestrutura, desenvolver sistemas de IA exige profissionais qualificados. De acordo com o jornal norte-americano, eles podem ter salários equivalentes aos de atletas profissionais. O treinamento dos modelos também requer um alto investimento financeiro.

O próximo passo das empresas de tecnologia é colocar em prática modelos de monetização que garantam a viabilidade financeira de seus chatbots. A Microsoft, por exemplo, já está começando a veicular publicidade no chat do Bing.

Por outro lado, Sam Altman também admite a possibilidade de adicionar um sistema de anúncios parecido no ChatGPT. Mas, por enquanto, ele prefere um modelo de assinatura paga para a plataforma.

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Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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