Ciência

China lança satélite inovador para estudar buracos negros em raios X

Novo equipamento da China pretende responder vários mistérios da astrofísica, incluindo a natureza das estrelas de nêutrons e buracos negros
Imagem: Academia Chinesa de Ciências/Reprodução

A China segue com sua proposta de ser uma gigante na exploração espacial. Nesta semana, o país lançou ao espaço o seu novo satélite astronômico — batizado Einstein Probe.

O equipamento científico usa uma tecnologia de detecção de raios X. A ideia é que o equipamento ajude cientistas a capturarem o primeiro feixe de luz gerado pela explosão de uma supernova. Com isso, o novo equipamento pretende responder várias questões científicas envolvendo estrelas de nêutrons e buracos negros.

Após o lançamento, a Sonda Einstein começou a circular a Terra aproximadamente uma vez a cada 96 minutos, em uma órbita inclinada a 29 graus. Isto vai permitir que a sonda monitore quase todo o céu noturno sobre o planeta. A missão está planejada para durar cerca de três anos, mas pode ser prolongada.

O foguete Grand March-2C foi responsável por lançar a sonda do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na província de Sichuan, no sudoeste da China.

Aliás, a ESA (Agência Espacial Europeia) e o MPE (Instituto Max Planck de Física Extraterrestre), da Alemanha, estão colaborando com a China na missão.

Foto do lançamento do satélite chinês Einstein Probe

Foto do lançamento do satélite chinês Einstein Probe (Imagem: Academia Chinesa de Ciência)

Instrumentos inovadores da China

Nos próximos seis meses, a equipe da missão irá testar e calibrar os dois instrumentos principais da sonda. Sendo eles:

  • Telescópio de Raios X de Campo Amplo (WXT, na sigla em inglês): a tecnologia capta uma vasta extensão de espaço com uma lente inspirada no olho de uma lagosta; e
  • Telescópio de Raios X de Acompanhamento (FXT): vai trabalhar com o primeiro equipamento, ampliando as imagens.

“Graças ao seu olhar único e amplo, seremos capazes de captar a luz de raios X das colisões entre estrelas de nêutrons. E, assim, descobrir o que está causando algumas das ondas gravitacionais que detectamos na Terra”, disse o cientista do projeto da Sonda Einstein, Erik Kuulkers.

Além disso, ao detectar as explosões de raios X, a sonda Einstein fornecerá dados que ensinarão aos cientistas mais sobre a física única que ocorre em torno de eventos cósmicos poderosos e violentos.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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